Há sinais de esperança no meio da guerra?
Edição por Alexandra Antunes
A invasão da Ucrânia pela Rússia provocou em três semanas centenas de mortos e fez com que milhões de pessoas fugissem para países vizinhos. Apesar de diversas rondas negociais, ainda não há um cessar-fogo à vista.
Contudo, as autoridades russas e ucranianas deram hoje sinais de esperança num acordo que permita pôr fim à guerra iniciada pela Rússia em 24 de fevereiro, apesar de admitirem dificuldades nas negociações.
Horas depois de o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ter admitido que as exigências da Rússia estão a tornar-se “mais realistas”, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, admitiu que há “alguma esperança” num compromisso.
“Concentro-me nos relatórios que os nossos negociadores nos estão a dar. Dizem que as negociações não são fáceis, por razões óbvias, mas há alguma esperança de um compromisso”, disse Serguei Lavrov numa entrevista à televisão russa RBC TV, citada pela agência espanhola Europa Press.
Representantes ucranianos e russos deverão retomar hoje a sessão negocial que iniciaram na segunda-feira, por videoconferência, para tentar terminar a guerra desencadeada pela invasão russa.
Ao mesmo tempo, foi referido que os EUA e a Rússia estabeleceram o primeiro contacto formal desde o início do conflito.
O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, conversou hoje com o secretário do Conselho de Segurança russo, Nikolai Patrushev.
“Sullivan disse ao general Patrushev que se a Rússia leva a diplomacia a sério, então Moscovo deve parar de atacar as cidades ucranianas”, disse a Casa Branca, em comunicado.
O assessor do Presidente norte-americano, Joe Biden, também “reiterou a firme e clara oposição dos Estados Unidos da América (EUA) à invasão gratuita e injustificada da Ucrânia pela Rússia”.
Sullivan prometeu “continuar a fazer a Rússia pagar pelas suas ações, apoiar a defesa da soberania e integridade territorial da Ucrânia e fortalecer o flanco oriental da NATO”, acrescentou a Presidência norte-americana.
“Sullivan também avisou o general Patrushev sobre as consequências e implicações de uma possível decisão russa de usar armas químicas ou biológicas na Ucrânia”, concluiu a Casa Branca.
Depois de dois anos de pandemia a impedir-nos de viver como sempre vivemos – sim, éramos felizes e não sabíamos –, temos de enfrentar a guerra com um sentido de impotência tremendo, angustiante. Continuar a ler