Se não conseguir ver esta newsletter clique aqui.

 
Image

Newsletter diária • 08 jul 2024

 
Facebook
 
Twitter
 
Instagram
 
 
 

Liberté, égalité, fraternité. Até quando?

 
 

Edição por Ana Maria Pimentel

A segunda volta das eleições legislativas francesas atirou a extrema-direita para um terceiro lugar, mas não tornou o futuro dos franceses mais claro. A coligação do presidente Macron ficou em segundo lugar e em primeiro a união de esquerdas que, vistas ao pormenor, de unidas têm pouco.

Assim, a vitória da aliança de esquerda Nova Frente Popular (NFP) mantém em aberto a formação do novo governo em França, uma vez que nenhum dos blocos concorrentes nas eleições legislativas antecipadas alcançou maioria absoluta. Não obstante, a esquerda deve “estar em condições de apresentar um candidato” ao cargo de primeiro-ministro dentro de uma semana, disse hoje o socialista Olivier Faure.
Se França e as esquerdas se mostraram unidas no momento de ir a votos neste domingo, a realidade é um pouco diferente. Um país dividido, assente na liderança de um presidente solitário que apenas confia em si mesmo para levar França a bom rumo. O jornal Politico traça um perfil seu onde descreve o paradoxo macroniano: Macron "passa a imagem de um estadista internacional de grande visão, mas também a de um cachorrinho desesperado por amor".

A desunião de França fez com que ainda ontem, perante os resultados, o ex-presidente socialista francês François Hollande defendesse que a esquerda devia mostrar responsabilidade e procurar pacificar o país depois de uma campanha fraturante.

Agora, desde ontem, nas mãos de Macron está a preocupação de encontrar uma pessoa que possa assumir o cargo de Primeiro-Ministro e que consiga unir França, dentro do possível, ou pelo menos não desunir mais. Para já o Presidente francês, Emmanuel Macron, recusou hoje a renúncia do primeiro-ministro do país, pedindo a Gabriel Attal que permaneça temporariamente como chefe do Governo, após a reviravolta nas eleições.

No meio de tudo, e da derrota, Le Pen parece manter-se à tona. Ainda ontem garantiu que "a maré está a subir. Desta vez não subiu suficientemente alto, mas continua a subir. E, por isso, a nossa vitória só tarda", declarou a líder no canal privado TF1. Avisando que a vitória apenas foi "adiada".

 
 
 
 

 
 

Alguns minutos antes das 8 da noite deste domingo, um rumor começou a propagar-se pelas praças de Estalinegrado e da República, em Paris, onde se concentravam militantes das esquerdas: dizia-se nesse rumor que não só Le Pen estava longe da maioria absoluta como aparecia em terceiro lugar, e o primeiro era da Frente Popular, das esquerdas. Continuar a ler

 
 
 
 
 
 

 
 

Na edição desta semana da newsletter Acho Que Vais Gostar Disto, trazemos três sugestões para ver durante o fim de semana: uma minissérie documental de um homem que doou esperma para a conceção de centenas ou até milhares de crianças em todo o mundo, um indie intimista protagonizado por Lily Gladstone, a atriz nomeada aos Óscares por “Assassinos da Lua das Flores”, e uma série sobre um grupo de adolescentes nativos americanos que vive numa zona rural do Oklahoma.

 
 
 
 
 

 
 

O É Desta Que Leio Isto, clube de leitura da MadreMedia, conta com o escritor, jornalista e argumentista Rui Cardoso Martins no próximo encontro, para uma conversa sobre o seu romance "As melhoras da morte". Deixamos o convite para que se junte a nós a 17 de julho (quarta-feira), pelas 21h00.

 
 
 
 

 
 

O Supremo Tribunal acaba de abrir a possibilidade de uma ditadura nos Estados Unidos. Parece inacreditável, mas o modelo proposto pela direita cristã e pelos trumpistas está mano a mano com a “democracia iliberal” de Viktor Orbán. Continuar a ler