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Newsletter diária • 14 mar 2022

 
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Na nova ronda de negociações a exigência é a retirada das forças russas

 
 

Hoje, e apesar da continuação dos combates, há uma nova ronda de negociações entre a Ucrânia e a Rússia, que será realizada por videoconferência, depois de ambos os lados terem assinalado sinais positivos nos últimos dias.

No domingo, o conselheiro presidencial do presidente ucraniano, Mykhailo Podoliak, escreveu na sua conta do Twitter que estão a decorrer conversações “contínuas”, enquanto o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, admitiu que a reunião seria feita por videoconferência.

Um dos negociadores pela parte de Moscovo, Leonid Sloutski, disse, citado pela AFP, que, comparando a posição das delegações no início do processo, constatam-se "progressos significativos".

As autoridades ucranianas disseram que vão exigir uma trégua imediata e a retirada das forças russas durante a nova ronda negocial com Moscovo.

"A nossa posição não mudou: paz e um cessar-fogo imediato, a retirada de todas as tropas russas e, só depois disto, é que poderemos falar das nossas relações de vizinhança e das nossas diferenças políticas", disse Mykhailo Podoliak, negociador e conselheiro do presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky.

As declarações de Podoliak foram difundidas através da rede social ‘Twitter’ no dia em que se realiza o quarto contacto entre Kiev e Moscovo desde o início da invasão da Rússia.

No domingo, a Rússia efetuou o ataque mais próximo de território da NATO desde o início da guerra na Ucrânia, ao bombardear uma base a cerca de 20 quilómetros da Polónia, no dia em que morreu um jornalista norte-americano.

Já hoje foi reportado que duas pessoas foram mortas em Kiev em bombardeamentos russos que atingiram a fábrica de aeronáutica Antonov e um edifício de residencial.

Já a assistência humanitária que o governo da Ucrânia tenta enviar para a cidade de Mariupol, sitiada pelas forças russas, "continua bloqueada" desde o dia 24 de fevereiro, disse hoje o presidente ucraniano Volodimyr Zelensky.

Num vídeo divulgado hoje pela Interfax-Ucrânia, Zelensky afirma que as tentativas para entregar ajuda humanitária a Mariupol vão manter-se até que se possa prestar apoio à população civil. A cidade portuária no sul da Ucrânia já não dispõe dos serviços de distribuição de gás, eletricidade e há falta de água, alimentos e medicamentos.

O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) já alertou para "o pior cenário" em Mariupol e que “está pronto para agir como um intermediário neutro para facilitar o diálogo entre as partes” sobre as questões humanitárias.

“O tempo está a esgotar-se para as centenas de milhares de pessoas presas na luta. A história julgará com horror o que está a acontecer em Mariupol, se nenhum acordo for alcançado o mais rápido possível entre as partes”, refere em comunicado.

 
 
Marco Neves
 
 
 
 

Todas as áreas são campo de teorias absurdas. Até a língua. Continuar a ler