Se não conseguir ver esta newsletter clique aqui.

 
Image

Newsletter diária • 12 set 2021

 
Facebook
 
Twitter
 
Instagram
 
 
 

O Adeus a Jorge Sampaio

 
 

O Funeral de Jorge Sampaio realizou-se este domingo com honras de Estado, naquele que foi o último adeus ao antigo Presidente da República, marcado por longos aplausos por parte da população aquando da paragem do cortejo fúnebre  junto ao Palácio de Belém, à chegada e partida dos Jerónimos e ainda à chegada ao cemitério.

Cerca de 300 pessoas assistiram à cerimónia, no Mosteiro dos Jerónimos, que contou com as altas figuras do Estado, família, amigos próximos e delegações estrangeiras para prestar uma última homenagem.

Os filhos do antigo Presidente da República Jorge Sampaio, Vera e André, recordaram o seu pai como “um homem bom”, que sabia que na vida e na política “nada se pode fazer sozinho”.

“Foi lutador e pacificador, sabia ouvir e sabia decidir, valorizava a convergência, mas também os momentos de divergência, foi um homem justo, corajoso, mas sem medo de chorar, foi um homem bom, um pai extraordinário”, afirmou André Sampaio.

O silêncio da plateia foi a nota dominante de uma cerimónia em que "a Luz" foi também protagonista, quer pela declamação do poema “Uma pequenina luz”, de Jorge de Sena, pela atriz Maria do Céu Guerra, quer pela referência de Marcelo Rebelo de Sousa, que se referiu a Jorge Sampaio como um dos "maiores" da história" que "nunca quis ser herói, mas foi" e "um grande senhor da sua e da nossa pátria, uma pequenina, mas enorme luz bruxuleante que deu vida e dá vida a Portugal e ao mundo".

Já o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, recordou hoje “o amigo” Jorge Sampaio, que “escolheu colocar as suas qualidades ao serviço de causas” e cujo exemplo “vai certamente perdurar e inspirar muitas gerações”.

Num discurso em que se referiu à sua profunda ligação pessoal, profissional e política com o chefe de Estado de Portugal entre 1996 e 2006, o primeiro-ministro caracterizou Jorge Sampaio como “um exemplo de rigor ético, de sobriedade e honradez pessoal, de simpatia e empatia humana, de proximidade às pessoas, sobretudo às mais desfavorecidas, excluídas ou esquecidas".

No sábado, António Guterres, atual secretário-geral da ONU, evocando o célebre “25 de Abril, sempre”, dito pelo antigo Presidente da República, lembrou-o dizendo: "Jorge Sampaio, sempre”.

“Para todos nós, Jorge Sampaio, sempre”, enfatizou.