O que dizem os Censos
Edição por Rita Sousa Vieira
De acordo com os Resultados Provisórios dos Censos 2021, hoje divulgados, esta é a "radiografia" do país:
Na última década, Portugal perdeu mais de 217 mil pessoas. Desde 2011, a população só cresceu nas regiões do Algarve (3,7%) e da Área Metropolitana de Lisboa (1,7%).
O número de pessoas com 65 anos ou mais de idade aumentou 20,6% nos últimos 10 anos e representa hoje 23,4% da população portuguesa. Oleiros, Alcoutim e Almeida são os concelhos mais envelhecidos. Ribeira Grande, Lagoa e Santa Cruz os mais jovens.
Cerca de metade da população residente em Portugal está concentrada em apenas 31 municípios. Os desequilíbrios na distribuição da população pelo território “acentuaram-se”, constata o INE.
Os 10 municípios mais populosos são Lisboa, Sintra, Vila Nova de Gaia, Porto, Cascais, Loures, Braga, Almada, Matosinhos e Oeiras, mas as duas maiores cidades registaram perdas populacionais: o Porto com menos 2,4% e Lisboa com menos 1,2%. Matosinhos e Oeiras acompanham a tendência de redução populacional.
A população de nacionalidade estrangeira aumenta cerca de 40%. À data da realização do Censos2021, residiam em Portugal 555.299 pessoas de nacionalidade estrangeira, um valor superior aos 3,7% verificados em 2011.
O nível de escolarização em Portugal aumentou significativamente em Portugal e 21,3% da população tem hoje o ensino secundário, crescendo também o número de residentes com cursos superiores.
Aumentam os divorciados, diminuem os casados. A população com estado civil “casado” representa atualmente 41,1%, uma redução em 2,1 pontos percentuais face a 2011. O INE nota que a percentagem de divorciados é, “pela primeira vez, superior ao valor da população com estado civil viúvo”, que, segundo os dados provisórios, é de 7,5%.