Se não conseguir ver esta newsletter clique aqui.

 
Image

Newsletter diária • 11 dez 2021

 
Facebook
 
Twitter
 
Instagram
 
 
 

Os detalhes da detenção que apanhou Rendeiro de surpresa

 
 

Por Inês F. Alves

  • Depois de três meses em fuga, João Rendeiro, ex-presidente do Banco Privado Português (BPP), foi detido em Durban, na África do Sul, às 7h00. Estava num hotel de cinco estrelas e "reagiu surpreendido".
  • O ex-banqueiro saiu do Reino Unido a 14 de setembro e entrou na África do Sul a 18 de setembro.
  • E contrariamente ao que tinha dado a entender numa entrevista à CNN Portugal, não andava à vontade no país, usava meios tecnológicos de custo "exorbitante" para se manter indetetável, mudou várias vezes de local e a fuga foi "preparada durante vários meses".
  • A extradição para Portugal pode levar meses, mas é possível. O "próximo capítulo" desta saga acontece na segunda-feira, altura em que João Rendeiro será presente a um juiz na África do Sul.
  • Iniciar-se-ão os processos relativos ao pedido de extradição e o ex-banqueiro ficará ainda a saber qual a medida de coação que lhe será aplicada.
  • Portugal não tem um acordo de extradição bilateral com a África do Sul, mas o país aderiu à Convenção Europeia de Extradição há alguns anos, pelo que esta se aplica no caso de João Rendeiro.
  • Estes foram alguns dos muitos detalhes revelados hoje pela Polícia Judiciária, responsável por esta operação, em coordenação com as autoridades sul-africanas.

O Caso BPP

  • Recorde-se que o colapso do BPP, banco vocacionado para a gestão de fortunas, verificou-se em 2010, já depois do caso BPN e antecedendo outros escândalos na banca portuguesa.
  • Em maio deste ano, o tribunal condenou Rendeiro a 10 anos de prisão efetiva. Foram ainda condenados Salvador Fezas Vital a nove anos e seis meses de prisão, Paulo Guichard a também nove anos e seis meses de prisão e Fernando Lima a seis anos de prisão.
  • As condenações foram pelos crimes de fraude fiscal, abuso de confiança e branqueamento de capitais resultam de um processo extraído do primeiro megaprocesso de falsificação de documentos e falsidade informática.
  • Já anteriormente, em outro processo também relacionado com o BPP, Rendeiro tinha sido condenado a cinco anos e oito meses de prisão efetiva.
  • Em 28 de setembro, o ex-banqueiro foi condenado a três anos e seis meses de prisão efetiva num processo por crimes de burla qualificada.
  • Na sequência da decisão, João Rendeiro deu conta, de que não estava em Portugal e não pretendia regressar, por se sentir injustiçado.
  • A 4 de novembro, o Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa decidiu colocar a mulher de João Rendeiro em prisão domiciliária com vigilância eletrónica, por suspeitas de crimes ligados às obras de arte do ex-banqueiro e por considerar que havia perigo de fuga, perigo de perturbação do inquérito/investigação e perigo de continuação da atividade criminosa. Maria de Jesus Rendeiro era fiel depositária dos quadros arrestados ao ex-banqueiro, considerando o tribunal que esta sabia das falsificações e do desvio das obras.
 
 
 
 

 
 

Quem achava que Marine Le Pen chegaria novamente para a segunda volta das próximas presidenciais francesas, em 2022 (contra Macron), pode tirar o cavalo da chuva: o radicalismo anti-imigração e pró-“valores tradicionais” está a ser açambarcado por uma figura surreal. Continuar a ler

 
 
 
Todos queremos ser super-heróis
 
 

Vida

 

Este episódio vai ser um pouco diferente. Primeiro, porque ao contrário do habitual, será a uma só voz (mas com um convidado). Segundo, porque é especial. E especial porquê? Porque esta semana o Acho Que Vais Gostar Disto marcou (passo) presença na Comic Con Portugal.