Edição por Ana Maria Pimentel

Já a noite ia a meio em Portugal quando se soube do julgamento sem precedentes, Donald Trump foi condenado no julgamento criminal em que era acusado de ter falsificado documentos para encobrir um escândalo sexual.

Trump esteve no centro de um caso que envolveu o encobrimento de pagamentos com para comprar o silêncio de uma estrela pornográfica em dias anteriores às eleições de 2016.

Tornou-se assim no primeiro antigo Presidente norte-americano com cadastro, cuja sentença será lida a 11 de julho, dias antes de os republicanos escolherem formalmente o candidato presidencial. E, tudo indica, que deverá ser o candidato republicano às eleições presidenciais que se realizam no final do ano e que o deverão opor ao atual Presidente Joe Biden. A convenção republicana vai ter lugar entre 15 e 18 de julho, em Milwaukee.

O crime de que Trump foi considerado culpado é uma violação da lei eleitoral do estado de Nova Iorque, que proíbe a promoção de uma candidatura por meios ilegais.

A prisão é teoricamente possível, sendo a falsificação de documentos contabilísticos punível com pena de até quatro anos de cadeia, no estado de Nova Iorque.

Contudo, na ausência de antecedentes criminais do arguido de quase 78 anos, o juiz pode aliviar a sentença, com uma pena suspensa com liberdade condicional ou serviço comunitário, bem como uma multa. Inclusive, o advogado de Donald Trump já anunciou que tenciona recorrer "o mais rápido possível" da condenação.

Mas este não é o único caso judicial que envolve diretamente o ex-chefe de Estado e a sua conduta. Foi indiciado duas vezes pelo procurador especial Jack Smith por acusações federais relacionadas com uma suposta interferência de Trump nas eleições de 2020 e à suposta manutenção de documentos governamentais confidenciais na sua propriedade em Mar-a-Lago. E enfrenta acusações estatais no condado de Fulton, na Geórgia, pela suposta interferência nas eleições de 2020. O ex-presidente também se declarou inocente destas acusações e negou qualquer irregularidade.

Perante tudo isto a questão que não sai da cabeça é se Trump for efetivamente preso pode ser Presidente a partir da prisão.  Sim, e já aconteceu na história dos Estados Unidos um candidato fazer campanha a partir da prisão. O SAPO24 conta tudo neste artigo.

*Com Lusa e AFP

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