Um "clássico" atípico
Edição por António Moura dos Santos
Hoje há clássico entre Benfica e FC Porto, mas este não vai ser um dérbi normal. Neste embate entre águias e dragões, há um fator de estranheza que vai além do facto de ser disputado sem adeptos a providenciar a típica atmosfera intensa durante estes jogos.
O que muda as coisas é que, ao contrário do que tem vindo a ser hábito, Benfica e FC Porto defrontam-se no Estádio da Luz, pelas 18:30, numa luta essencialmente pelo segundo lugar.
Expliquemos:
Contas feitas, ainda é possível o Porto ser campeão, mas o mais realista mesmo é tentar defender o seu segundo lugar perante a investida do Benfica. No entanto, aponte-se, caso os dragões vençam, passam a mais dura das provas até ao fim do campeonato e ainda aguardam pelo resultado do embate entre águias e leões, na penúltima jornada do campeonato.
No jardim da Estrela apresenta-se uma constelação de partidos
O candidato social-democrata à presidência da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, apresentou hoje a coligação Novos Tempos que junta PSD, CDS-PP, PPM, MPT e Aliança.
A iniciativa foi marcada para as 11:00, no jardim da Estrela, contando com a presença e intervenção dos cinco líderes dos partidos que compõem a coligação.
No início de março, numa primeira apresentação da candidatura, o cabeça de lista da coligação Novos Tempos, Carlos Moedas, afirmou ter como objetivo congregar as forças “não socialistas, moderadas e progressistas” da cidade e derrotar o PS, na autarquia há 14 anos.
Aponte-se que nesta lista não figura o Chega. Apesar da polémica quanto a possíveis coligações futuras dos sociais-democratas e a direita radical, Rui Rio, presidente do PSD, rejeitou desde cedo concorrer a municípios em coligação com o partido de André Ventura, que concorre assim com o ex-apresentador Nuno Graciano.
Na corrida à presidência da autarquia lisboeta, atualmente presidida por Fernando Medina (PS), estão ainda João Ferreira (CDU), Beatriz Gomes Dias (BE), Bruno Horta Soares (IL) e Tiago Matos Gomes (Volt).
Decisões a norte
Hoje também, no Reino Unido, é a “Super Quinta-Feira”, dia que junta eleições locais em Inglaterra, adiadas no ano passado devido à pandemia de covid-19, com as regionais na Escócia e no País de Gales e a eleição de um deputado.
Este é o primeiro teste eleitoral desde o ‘Brexit’ e depois do início da pandemia de covid-19, sendo uma oportunidade para os eleitores não só escolherem os seus representantes mas também manifestarem a opinião sobre líderes dos principais partidos políticos.
As atenções vão estar sobretudo concentradas na Escócia, onde o Partido Nacionalista Escocês (SNP) vai querer concretizar a maioria absoluta desejada para promover um novo referendo à independência que poderá ter impacto na coesão do Reino Unido.
Porém, além do Partido Conservador, a líder do SNP e chefe do Governo escocês, Nicola Sturgeon, vai competir com o antecessor e antigo mentor, Alex Salmond, que voltou à política ativa com o Alba, um novo partido pró-independência.
No total, vão a votos cerca de 4.650 representantes em 143 municípios em Inglaterra, 13 Presidentes de Câmara Municipal [mayors] eleitos diretamente, 39 comissários de polícia e 25 deputados da Assembleia Municipal de Londres.
Os portugueses Tiago Corais, candidato à reeleição para vereador [‘city councillor’] na localidade de Littlemore, em Oxford, e Carlos Castro, em Crawley, sul de Londres, concorrem ambos pelo Partido Trabalhista.
Também vão a eleições os 129 deputados da Assembleia regional autónoma da Escócia e 60 deputados da Assembleia regional autónoma do País de Gales, cujo resultado ditará o respetivo Governo.
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