No trimestre de abril a junho de 2017, o desemprego no país sul-americano ficou em 13%, dado que indica uma queda de 0,7 ponto percentual ante o período de janeiro a março, quando a taxa de desocupação estava em 13,7%.

Segundo o IBGE, cerca de 13,5 milhões de pessoas estavam sem trabalho no Brasil no segundo trimestre deste ano.

A crise económica e a crise política que afetam o Brasil nos últimos anos deterioraram o mercado de trabalho, fazendo com que o número de desempregados atingisse seu auge entre janeiro a março de 2017, quando 14,2 milhões de pessoas estavam sem trabalho.

Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, explicou que apesar do desemprego ter diminuído isto não tem relação direta com a abertura de novos postos de trabalho no país, já que a quantidade de brasileiros no mercado informal cresceu.

“Tivemos uma redução na taxa [de desemprego], com o aumento da população ocupada e queda no número de desocupados. Mas, infelizmente, a ocupação cresceu pelo lado da informalidade, ou seja, há mais pessoas sem carteira [de trabalho] e por conta própria, que não têm garantias trabalhistas”, disse num comunicado do IBGE.

O órgão de estatísticas constatou que o número de empregados com contrato formal de trabalho no período ficou em 33,3 milhões, mantendo-se estável frente ao trimestre anterior.

O rendimento médio real das pessoas empregadas no Brasil também ficou estável frente ao trimestre encerrado em março de 2017, passando de 2.125 reais (574 euros) para 2.104 reais (569 euros).