Em declarações à agência Lusa, o coordenador de relações públicas, hospitais e instituições adiantou que o encontro tem como objetivo juntar todas as pessoas que recorreram à Associação Portuguesa de Narcóticos Anónimos para tentarem ultrapassar a dependência das drogas.

“O que vamos fazer neste fim de semana é celebrar a recuperação, celebrar a vida”, disse ‘G’, acrescentando que são esperadas entre 500 a 600 pessoas entre sábado e domingo.

De acordo com o coordenador de relações públicas, o encontro serve para “celebrar a abstinência total de todo o tipo de drogas”, com espaço para a partilha e para ouvir testemunhos de quem está a trabalhar para ter uma “vida sem drogas”.

Segundo o responsável, vão também estar presentes representantes de Narcóticos Anónimos de outros países, nomeadamente Espanha e Brasil.

“Temos um auditório que é aberto ao público, aberto a todo o tipo de instituições ou organizações que queiram perceber como os Narcóticos Anónimos funcionam e temos as reuniões fechadas, em que só podem participar adictos em recuperação”, adiantou ‘G’.

Disse também que no segundo dia vai haver uma festa em que celebram os “tempos de limpeza”.

“Vamos fazer 65 anos a nível mundial e fazemos contagem decrescente de tempo de limpeza. No domingo irão estar duas pessoas que vão subir ao palco e perguntam quem tem 65 anos de recuperação”, explicou, acrescentando que o mais provável é que haja pessoas a celebrar 35 anos de limpeza, ou seja, os anos de existência da associação em Portugal.

‘G’ sublinhou que a Associação Portuguesa de Narcóticos Anónimos faz cerca de 140 reuniões semanais em todo o país, assentes no modelo dos 12 passos, e que grande parte das peças que pedem ajuda chegam através da linha verde (800 20 20 13).

“Acreditamos que através das nossas reuniões regulares, sustentadas no modelo dos 12 passos e da partilha, podemos identificar-nos uns com os outros, sem receio de julgamentos para poder assumir, que é o primeiro passo, que temos um problema com drogas”, explicou.

Acrescentou que os onze passos seguintes têm a ver com o “fortalecimento da pessoa em si, em que passa o período em que deixa de estar obcecado com drogas” e começa a “sentir que é possível viver sem drogas e ser feliz”.