Questionado sobre a notícia da queda de uma aeronave de combate a incêndios Canadair, o comandante operacional da Proteção Civil Vítor Vaz Pinto adiantou que "até ao momento não foi encontrada nenhuma aeronave". No entanto, foram deslocados meios de busca e salvamento para o local.
"Não tenho conhecimento de nenhuma aeronave ao serviço da proteção civil que tenha caído", disse Vítor Vaz Pinto no 'briefing' aos jornalistas em Avelar, Ansião.
Aludindo à possibilidade de ter ocorrido outro evento que induzisse em erro, falou na hipótese da explosão de uma 'roulotte' e admitiu o envio de equipas de buscas para o local. "Havia uma 'roulotte' abandonada com botijas de gás, e eventualmente isso pode ter explodido», disse.
Uma fonte da Autoridade Nacional de Proteção Civil tinha informado que um avião Canadair de combate aos incêndios, que operava no fogo de Pedrógão Grande, tinha caído hoje à tarde.
"O país tem um sistema de busca e salvamento" que foi acionado para averiguar estas informações, avançou o responsável, acrescentando que todas as aeronaves contratadas pela Proteção Civil e a operar em solo nacional se encontram operacionais.
"Não acredito que deste posto de comando tenha saído qualquer informação sobre a queda de uma aeronave", disse Vítor Vaz Pinto quando questionado sobre o facto de a informação de partida ter, alegadamente, sido veiculada pela própria Proteção Civil.
Um helicóptero EH 101 da Força Aérea Portuguesa (FAP) de busca e salvamento foi ativado para participar nas operações para encontrar o alegado avião. Fonte da FAP indicou à agência Lusa que o EH 101 descolou da Base Aérea N.º6, no Montijo, e seguiu para a zona de Pedrógão Grande.
Uma dezena de veículos dos bombeiros concentraram-se junto de um posto de combustível, na localidade de Picha, em Pedrógão Grande, a alguns metros de onde alegadamente teria caído esta aeronave, nomeadamente entre as localidades de Picha e Louriceira, constatou a Lusa.
Segundo moradores da zona, vários aviões descarregaram cargas de água na zona para tentar chegar ao local.
Junto ao posto de combustível encontram-se bombeiros da Amadora, Cascais, Belas, Póvoa de Santa Iria, Dafundo, Campo de Ourique, que integram uma equipa de bombeiros da região de Lisboa que chegou hoje ao concelho de Pedrógão Grande para ajudar no combate às chamas.
No local, elementos da Guarda Nacional Republicana (GNR) ordenaram a saída dos jornalistas. “As ordens que tenho são para retirar a comunicação social e não os moradores”, disse a GNR no terreno.
O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) chegou mesmo a indicar à Lusa que foi informado da queda de uma aeronave na zona de Pedrógão Grande, durante esta tarde, acrescentado que uma equipa deste organismo se ia deslocar ao local para, em conjunto com a Proteção Civil, proceder às operações.
O espanhol El País, citando informações prestadas pela Proteção Civil à agência Efe, detalhava que, a existir, a alegada aeronave seria portuguesa e não espanhola.
O Ministério da Defesa espanhol reiterava a informação avançada pela Efe:
O incêndio que deflagrou no sábado à tarde em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 150 feridos, segundo um balanço divulgado hoje.
O fogo começou em Escalos Fundeiros e alastrou depois a Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, no distrito de Leiria. Desde então, as chamas chegaram aos distritos de Castelo Branco, através do concelho da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra.
Este incêndio já consumiu cerca de 26.000 hectares de floresta, de acordo com dados do Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais.
Às 17h24 combatiam o incêndio em Pedrógão Grande 1215 operacionais apoiados por 408 viatuas e 16 meios aéreos.
O que sabemos até ao momento sobre o incêndio em Pedrógão Grande aqui.
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