Segundo a CNN, que cita o próprio Dubke, a demissão foi apresentada a 18 de maio, sendo que o responsável se ofereceu para ficar no cargo até que Donald Trump termine a sua visita presidencial ao estrangeiro.
"Foi um privilégio servir este Presidente", disse Dubke à CNN, acrescentando que "teve uma boa conversa com o Presidente" após resignar ao cargo, tendo justificado a decisão com "várias razões, motivos pessoais".
Questionado sobre o cargo de porta-voz ocupado por Sean Spicer - que já se viu envolvido em várias polémicas, seja por contradições, seja pela difícil relação com os jornalistas - fonte oficial da Casa Branca adiantou à CNN que o secretário de imprensa "não irá a lado nenhum".
Depois de ter estado dois dias na Arábia Saudita, Trump esteve em Israel antes de seguir para o Vaticano, onde se encontrou com o Papa Francisco. Depois seguiu para Bruxelas, para a cimeira da NATO, e, por fim, Sicília, para a reunião do G7.
Angela Merkel, no rescaldo da cimeira do G7 (Alemanha, França, Itália, Japão, Canadá, Estados Unidos e Reino Unido), realizada em Taormina, na Itália, na qual os dirigentes reconheceram a incapacidade para encontrar um terreno de entendimento com os Estados Unidos sobre o combate às alterações climáticas, colocou em causa o papel de aliado dos Estados Unidos.
Trump regressou no sábado a Washington num momento de particular agitação na investigação desencadeada pelo Congresso e o FBI para determinar se os serviços de informações russos influíram no resultado das eleições presidenciais norte-americanas de 2016, e se existiu coordenação com a campanha de Trump.
A Casa Branca ainda não anunciou oficialmente a renúncia de Dubke nem qual será o seu último dia em funções, apesar de diversos ‘media’ locais sugerirem que poderá despedir-se ainda hoje dos seus colegas e dos jornalistas com quem trabalhou nos últimos meses.
Dubke trabalhou estreitamente com o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, o rosto público do Governo. Nos últimos dias, Trump estava a avaliar a possibilidade de reformular a sua equipa de comunicações e muitos esperavam que Spicer fosse a pessoa despedida.
No entanto, a renúncia de Dubke poder ser uma das primeiras alterações na estratégica de comunicação da Casa Branca, que também admite reduzir o número de conferências de imprensa.
Dubke, que assumiu o cargo em 6 de março, teve de lidar com numerosas polémicas, como o despedimento do ex-diretor do FBI, James Comey, que dirigia a investigação desta agência sobre os laços com a Rússia e a campanha presidencial de Trump.
A equipa de imprensa da Casa Branca teve grandes dificuldades em explicar o despedimento de Comey e forneceu diversas versões sobre os acontecimentos, originando numerosas críticas.
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