O canal foi retirado da grade de programação de uma das maiores operadoras de TV por cabo local. Nem o governo venezuelano nem a rede pública alemã informou se alguma medida foi tomada contra o serviço. Também não foi possível determinar quando a emissora alemã saiu do ar.

Maduro acusou a DW de participar numa campanha mediática contra a Venezuela, acusação que repetiu em diversas ocasiões. "Há uma campanhazinha dirigida pela CNN, Associated Press, por todos esses meios, entre eles um nazi da Alemanha, a Deutsche Welle. Uma campanha a dizer que os venezuelanos são responsáveis por todos os crimes cometidos hoje no mundo", disse o presidente no seu programa de TV semanal. "Alerta quanto a essa campanha, que é para manchar a Venezuela e, assim, tentar manchar-me."

A DW publicou uma reportagem sobre corrupção que acusa políticos do alto escalão da Venezuela de envolvimento no narcotráfico, na mineração ilegal e em extorsão. Maduro também criticou relatos sobre a expansão do grupo criminoso venezuelano Tren de Aragua em países latino-americanos.

O ministro da Comunicação, Freddy Ñáñez, acusou mais cedo a DW de "mentir, difamar e espalhar o ódio contra a Venezuela", numa mensagem publicada na rede social X. Ñáñez disse ainda que a reportagem feita pelo canal alemão é falsa.

O Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa (SNTP) e organizações que defendem a liberdade de expressão denunciaram "uma escalada" contra os meios de comunicação na Venezuela durante duas décadas de governos chavistas, documentando o encerramento de mais de 200 jornais, rádios e emissoras de TV.