"A comunidade internacional deve opor-se conjuntamente ao uso ou ameaças de uso de armas nucleares. O mundo deve reportar que as armas nucleares não podem ser usadas, uma guerra nuclear não pode ser travada, a fim de evitar uma crise nuclear” na Europa ou na Ásia, disse Xi, de acordo com um comunicado da agência chinesa Xinhua, revelado pelo site Politico.

Estas declarações de Xi Jinping surgiram após um encontro com o Chanceler alemão Olaf Scholz, esta sexta-feira, e, embora este nunca tenha mencionado o nome de Putin e da Rússia, enviam uma clara mensagem ao seu homólogo e amigo russo de que as ameaças nucleares serão a linha vermelha para a China, mesmo após a recente declaração recente do líder chinês sobre uma amizade “sem limites” com Putin.

Na reunião com Olaf Scholz, o líder chinês convidou também a Alemanha a pressionar por negociações de paz entre a Ucrânia e a Rússia. “Como potências influentes, a China e a Alemanha devem trabalhar juntas em tempos de mudança e caos para fazer mais contribuições para a paz e o desenvolvimento mundial”, salientou.

Já após a reunião entre Xi Jinping e Olaf Scholz, o chanceler alemão, o único a falar à imprensa, destacou a importância de ter sido "alcançado um acordo" sobre a questão do uso de armas nucleares na guerra da Ucrânia.