Segundo os dados enviados pela consultora, que realizou um conjunto de simulações, incluindo face às taxas atualmente em vigor, aprovadas pela Lei do Orçamento de Estado para 2024, para um contribuinte casado, com um titular de rendimentos, um filho e rendimento de 1.300 euros mensais, a poupança fica nos 35,24 euros, valor que se mantém com dois ou três filhos.

Já no caso de um casal com dois titulares e o mesmo rendimento e com filhos, o valor passa para 102,45 euros.

Para um casal em condições semelhantes, mas com um rendimento de 1.500 euros, a poupança começa nos 45,97 euros (um titular) e chega aos 130,45 euros (dois titulares).

Os casais com filhos e um rendimento de 2.000 euros poupam entre 80,97 euros e 213,32 euros e com 3.000 euros entre 148,39 euros e 876,11 euros.

Para os rendimentos de 5.000 euros a poupança é entre 502,31 euros e 1.194,35 euros e com 10.000 euros oscila entre os 1.194,35 euros e 1.288,84 euros.

A EY simulou ainda as poupanças para os solteiros, sendo que os valores são os mesmos com e sem filhos. Dependendo do rendimento estão entre os 51,22 euros e 644,42 euros.

Em janeiro o Governo anterior reduziu as taxas que incidem sobre os primeiros cinco escalões do IRS, entre 1,25 e 3,5 pontos percentuais.

Hoje o Governo aprovou uma proposta com novas taxas que se traduzem numa redução de 0,25 pontos percentuais na taxa marginal do 1.º escalão, de 0,5 pontos percentuais na taxa marginal do 2.º, 3.º, 4.º e 7.º escalões e de 0,75 pontos percentuais no 5.º escalão, por comparação com o atual artigo 68.º do Código do IRS.

No 6.º escalão a descida é de 3 pontos percentuais, como já referido, e no 8.º escalão de 1,25 pontos percentuais.

Como o IRS é progressivo, todos os escalões de rendimento beneficiam da redução de taxas nos patamares inferiores, sendo este impacto maior quando, além deste efeito, ocorre igualmente uma descida da respetiva taxa marginal.