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Newsletter diária • 07 jul 2021

 
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Em plena quarta vaga, Temido foi ao Parlamento justificar navegação do Governo

 
 

Edição por António Moura dos Santos

Governo presta contas perante a Assembleia da República

Hoje é dia do Governo dar explicações à Assembleia da República. Ao todo, há seis ministros a comparecer perante comissões no parlamento:

  • João Leão (Finanças);
  • Alexandra Leitão (Modernização do Estado e da Administração Pública);
  • Maria do Céu Antunes (Agricultura);
  • João Gomes Cravinho (Defesa);
  • Manuel Heitor (Ciência, Tecnologia e Ensino Superior);

A sexta figura do Governo é a que atrai mais atenções e a que já está a ser ouvida enquanto lê estas linhas. Marta Temido, ministra da Saúde, vai a São Bento enquanto tenta manter o barco controlado nas águas revoltas da quarta vaga da pandemia.

Na véspera do Conselho de Ministros em que o Governo vai reavaliar as medidas de combate à epidemia no país, Temido responde às perguntas dos deputados na comissão parlamentar de Saúde na última audição antes do período de férias de Verão.

De entre as várias respostas dadas, Temido anunciou que o Governo mantém a vacinação como a principal resposta contra a nova vaga propiciada pela variante Delta, e descartou, para já, outras restrições para conter a pandemia. No entanto, admitiu que é possível que regressem, pois "não há impossibilidades totais, há necessidades de avaliação constante".

A ministra da Saúde aproveitou também para relembrar que a subida de casos não tem sido acompanhada por um assomo de internamentos e mortes e rebateu as críticas à manutenção da matriz de avaliação da situação epidemiológica.

Na segunda-feira, dia em que foram notícia as filas nos centros de vacinação, em especial nos grandes centros urbanos, a ministra admitiu, em entrevista à TVI, que o número de novas infeções poderá atingir as cerca de 4.000 diárias nas próximas semanas, duplicando a tendência de quase 2.000 infetados.

A ministra anunciou também que os jovens com idade inferior a 18 anos deverão começar a ser vacinados na última semana de agosto, antes do arranque do ano letivo, se o Governo conseguir manter o plano de vacinação previsto — de resto, perante os temores de que uma percentagem significativa de jovens recuse as vacinas, a Comissão Técnica de Vacinação disse hoje não estar a pensar em planos de incentivos como outros países já avançaram.

Esta semana, a primeira em que a "task force" quer acelerar a vacinação, sucederam-se os recordes: se na segunda-feira foram administradas mais de 141.500 doses, só em Portugal continental, na terça o número subiu para 154 mil vacinas.

Hungria caminha sobre gelo fino

Foi hoje iniciado o debate europeu quanto ao risco de discriminação enfrentado por pessoas LGBTQI na Hungria, bem como o Estado de direito e a situação dos direitos fundamentais nesse país e na Polónia.

Espoletado pela promulgação da Hungria de uma lei considerada discriminatória contra a comunidade LGBTQI, o debate — tido pelo Parlamento Europeu, o Conselho e a Comissão Europeia, em Estrasburgo — surge depois de ontem o governo húngaro ter publicado uma resolução que qualifica como “graves” e “antidemocráticas” as críticas a tal legislação.

Esta proíbe falar de homossexualidade nas escolas e em transmissões em horário infantil, sendo que Budapeste insiste que a lei procura defender os menores e reforça o direito dos pais a escolher a educação dos seus filhos.

No debate, já iniciado, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, fez saber que a instituição "vai usar todos os poderes que estão ao seu alcance, enquanto guardiã dos Tratados" se "a Hungria não corrigir a situação", considerando a lei uma "vergonha" que é "contrária aos valores da União Europeia”.

Antes desta sessão, dezassete Estados-membros da União Europeia, incluindo a Alemanha, França, Itália e Espanha, escreveram uma carta a Orban criticando a lei, que qualificam de discriminatória, e o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, desafiou Budapeste a abandonar o bloco europeu por não respeitar os valores da UE.

De resto, a Hungria é acompanhada pela Polónia no debate quanto à defesa do Estado de direito na UE, sendo que ambos os países enfrentam procedimentos desencadeados pela presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, já cessada.

 
 

Hoje no Euro: Legado vs Emoção

 
 

Quem juntar-se-á à Itália em Wembley? Essa é a resposta que todos querem saber. Inglaterra e Dinamarca defrontam-se hoje em Londres na segunda meia-final do Euro2020, num jogo em que procuram juntar-se aos transalpinos na final da competição, agendada para domingo.

De um lado, temos os ingleses, que buscam a glória europeia nunca alcançada. No seu currículo têm o campeonato do mundo de 1966, mas nunca venceram um europeu, tendo-se afundado consecutivamente sob o peso de serem uma das nações que deu o futebol ao mundo.

Do outro, a Dinamarca, que percebe uma coisa ou duas de conquistar troféus contra todas as expectativas. Em 1992, venceu um campeonato europeu onde nem sequer era suposto figurar: não se qualificou com e só foi repescada após a exclusão da antiga Jugoslávia, em guerra civil.

Este Europeu assume-se como uma oportunidade histórica para Inglaterra, numa competição com meias-finais e final em Wembley, tendo os ingleses comandados por Gareth Southgate conseguido o raro feito de chegar até esta fase com um total de zero golos sofridos.

Já a Dinamarca viaja nas asas de um sonho que começou como pesadelo. Depois de duas derrotas na fase de grupos — uma delas num jogo em que viu a sua maior estrela, Christian Eriksen, deixar um provável adeus ao futebol depois de uma síncope cardíaca em campo —, os nórdicos têm vindo a superar todas as expectativas.

A meia-final de hoje é 22.º jogo entre Inglaterra e Dinamarca, com a ‘balança a pender’ para o lado dos ingleses, com 12 vitórias, cinco empates e quatro derrotas, ainda que tenham sido os dinamarqueses a vencer no último duelo: foi numa partida a contar para a Liga das Nações, em outubro de 2020. Já se falarmos em matérias de Europeu, o último embate resultou num empate a zero... em 1992, quando a Dinamarca ganhou.

 
 
João Paulo Azevedo: "O adiamento dos Jogos trouxe mais ansiedade"
 
 

Desporto

 

Mais de uma década depois, Portugal volta a ter representação na modalidade de tiro com armas de caça. Esta será a estreia de João Paulo Azevedo nos Jogos Olímpicos (JO). Em Tóquio, o atleta de Vila do Conde aponta às medalhas e só receia o calor e a humidade.

 
 
 
Manuel Cardoso
 
 

De apresentador do day-time a figurante da direita populista. Continuar a ler