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Newsletter diária • 07 mai 2021

 
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Covid-19: E se nunca atingirmos a imunidade de grupo?

 
 

Por Inês F. Alves

  • Há um ano, cientistas e políticos colocaram a "imunidade de grupo" como objetivo coletivo para o mundo regressar à normalidade pós-covid. 70% era o alvo.
  • Agora, cada vez mais se questiona se a imunidade de grupo é efetivamente possível (por vários motivos) ou o que vai mudar no nosso dia-a-dia quando 70% da população estiver vacinada contra o vírus.
  • Luís Graça, imunologista, investigador do Instituto de Medicina Molecular (iMM) e membro da Comissão Técnica de Vacinação, confirmou ao SAPO24 que há mesmo a possibilidade de não se chegar a atingir a imunidade de grupo e acrescenta que: “A ideia de que é preciso 70% das pessoas vacinadas para atingir a imunidade de grupo é apenas uma aproximação, que não é baseada numa certeza absoluta”.
  • “As pessoas acham que nos 69% toda a gente tem de andar de máscaras e toda a gente tem de ter cuidados – porque se nos desleixarmos o vírus vai outra vez explodir e ficamos numa situação como a que vivemos em janeiro -, mas se atingirmos mais 1%, e passarmos para os 70%, podemos abandonar tudo [uso de máscara e distanciamento social], porque sem fazermos mais nada o vírus vai desaparecer e vamos deixar de ter infeções e isso não é assim”. E não é bem assim, alerta.
  • Se "é importante termos metas", como os tais 70%, mais importante é manter a pandemia controlada e nesse contexto ensaiar o regresso possível à normalidade, em segurança. "As metas devem ser para conseguirmos melhorar o estado das coisas, não para fazer com que o vírus desapareça”, diz Luís Graça.
  • E respondendo à pergunta de partida, o que acontece se nunca chegarmos a atingir a imunidade de grupo? “Isso também não é uma calamidade porque a partir do momento em que temos uma grande população vacinada, mesmo não atingindo a imunidade de grupo, nós conseguimos retomar uma vida normal”, explica Luís Graça, acrescentando que “há muitas infeções que estão controladas na população sem que se tenha atingido a imunidade de grupo”.
  • Quer saber mais? Está tudo explicado aqui.

O país (e a Europa) de olhos postos no Porto

  • A Cimeira Social arranca hoje no Porto, com a presença de 25 dos 27 chefes de Estado e de Governo da União Europeia, reunidos para definir a agenda social da Europa para a próxima década.
  • O que é que isto significa exactamente? Foi o que tentámos responder aqui.
  • Esta cimeira está a ser apresentada como o ponto alto da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia.
  • Os presidentes do Parlamento Europeu, David Sassoli, do Conselho Europeu, Charles Michel, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, assim como os vice-presidentes executivos da Comissão Margrethe Vestager e Valdis Dombrovskis, o Alto Representante Josep Borrell e os comissários Elisa Ferreira, Mariya Gabriel e Nicolas Schmit, estão entre os participantes. Nas ausências de peso contam-se a chanceler Angela Merkel, o primeiro-ministro holandês Mark Rutte e o maltês Robert Abela.
  • Fora do âmbito dos direitos sociais na Europa, há um tema de última hora que promete também marcar esta cimeira: as patentes das vacinas contra a covid-19.