Depois de Maria Elisa, Maria Luís Albuquerque
Edição por Ana Maria Pimentel
O Governo português propôs como candidata a comissária europeia a ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque, anunciou hoje o primeiro-ministro.
Na curta declaração, o primeiro-ministro disse que escolheu Maria Luís Albuquerque com o apoio de todo o Governo, num processo que decorreu com "todo o recato", e destacou o perfil da antiga ministra de Estado e das Finanças de Pedro Passos Coelho.
O "recato" e a confidencialidade têm sido marcas da governação de Montenegro que lhe têm valido alguns elogios. Contudo, Pedro Delgado Alves, na reação ao nome de Maria Luís Albuquerque, lamentou que não tivesse havido "auscultação" do nome em causa aos restantes partidos e que Pedro Nuno Santos tenha apenas sido informado minutos antes do anúncio.
O nome da antiga Ministra das Finanças não é, de todo, consensual. Principalmente depois de ter tomado conta dessa pasta na altura difícil do resgate da Troika. Contudo, este nome poderá mesmo ser aquele que Úrsula Von Der Leyen procurava, numa altura que os países não parecem responder ao seu pedido de paridade e, segundo o jornal Politico, terão sido apresentados os nomes de 16 homens.
Assim, contra as expectativas dos analistas políticos, Portugal pode não só ter Costa no Conselho Europeu, mas também uma comissária portuguesa com uma pasta forte.
Ainda antes do anúncio, fontes europeias ligadas ao processo indicaram à Lusa que o Governo de Luís Montenegro tem, porém, estado em contacto com a líder do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, que espera inclusive que o país possa apresentar o nome de uma mulher, dada a sua prioridade à igualdade de género, de momento não respeitada totalmente pelos países nos candidatos propostos.
Certo é que, segundo estes funcionários comunitários, Portugal não terá uma pasta de menor importância apenas porque o ex-primeiro-ministro, António Costa, será presidente do Conselho Europeu, num 'puzzle' sobre os cargos de topo da UE no próximo ciclo institucional que tem em conta fatores como a distribuição geográfica.
Os mesmos funcionários adiantaram, inclusive, que de momento as pastas mais disputadas são as de segurança e defesa (pelos países da Europa central e de Leste) e as económicas (pelos restantes), sendo que a escolha final caberá a Von der Leyen e terá em conta as características dos candidatos e as dimensões dos países.
Além de habituais portefólios (como concorrência, finanças, ambiente, emprego, agricultura, energia), haverá no próximo mandato novas pastas como a Defesa (com foco na estratégia industrial), Pescas e Oceanos (para dar mais visibilidade ao setor), Mediterrâneo (para gerir migrações) e Habitação (dados os problemas registados em vários países da UE), como já anunciado por Ursula von der Leyen.
Ora, sabendo isto e o currículo de Maria Luís Alburque parece haver um casamento perfeito entre a vontade de Ursula e as capacidades da portuguesa que se licenciou em Economia, na Universidade Lusíada de Lisboa, e concluiu os seus estudos com o mestrado em Economia Monetária e Financeira, no Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa.
Ursula von der Leyen havia estabelecido 30 de agosto como prazo final para este anúncio. Mas o ministro Paulo Rangel já tinha dito ao Público, que o nome saber-se-ia antes do fim de semana, afastou ainda alguns rumores de que davam conta de que o nome seria anunciado na Escola de Verão do PSD.
*Com Lusa
O terrível mês de Agosto tem vários problemas, um deles é a absurda falta de temas interessantes, razão pela qual nos deixamos levar por assuntos que não interessam ao menino Jesus, mas que enchem a espuma dos dias (e a espuma dos dias é menor do que a de qualquer imperial bem tirada, é apenas o comezinho, o que temos como garantido). Continuar a ler
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