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Newsletter diária • 20 jul 2022

 
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É dia de fazer um "raio-x" à Nação

 
 

Edição por Alexandra Antunes

O terceiro Governo de António Costa, de maioria absoluta socialista, enfrenta hoje o debate do estado da nação.

O primeiro-ministro chega ao primeiro debate parlamentar do estado da nação da XV Legislatura com um executivo em funções há pouco mais de três meses e meio e com o trunfo de Portugal poder registar no final deste ano o mais elevado crescimento económico da União Europeia, 6,5% de acordo com as previsões de Bruxelas.

As previsões indicam também que o défice poderá ficar abaixo dos 1,9% inscritos no Orçamento para 2022, que a dívida em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB) continuará numa trajetória descendente e o próprio António Costa tem reivindicado números recorde de investimento no país.

Em paralelo, como consequência agravada pela guerra da Ucrânia, a inflação atingiu os 8,6% em junho, num ano em que os trabalhadores da administração pública tiveram um aumento de 0,9%, e os juros de Portugal a 10 anos superam atualmente os 2,3%.

Além da incerteza que caracteriza a atual conjuntura económica e financeira, o Governo foi confrontado com situações de caos nos aeroportos por causa da falta de agentes do Serviços de Estrangeiros e Fronteiras e com urgências hospitalares encerradas em fins de semana prolongados por falta de médicos. Em ambas as situações, o executivo socialista anunciou planos de contingência para atenuar os problemas até ao final do verão.

Até agora, o que tem sido dito sobre o estado da nação?

  • O líder parlamentar do PS considerou que o país vive um “estado de esperança”, com crescimento económico e uma baixa taxa de desemprego, e garantiu que a vontade de diálogo nesta legislatura é “uma marca genética desta maioria absoluta”;
  • O PSD disse ver o estado da nação com “muita preocupação”, acusando o Governo de estar “desorientado” e “desorganizado” e de ser incapaz de “promover reformas estruturais” ou de resolver “problemas conjunturais” do país;
  • O líder parlamentar do Chega, Pedro Pinto, defendeu que o país está numa “situação extremamente difícil”, acusando o Governo de ser “frágil e fraco” e de “não precaver” situações como os incêndios, “o caos na saúde” ou nos aeroportos;
  • O Bloco de Esquerda acusou o Governo de “empurrar com a barriga” as soluções para os “problemas estruturais do país”, considerando que “uma pequena elite está a beneficiar”, enquanto o povo sofre com esta governação;
  • O líder da Iniciativa Liberal, João Cotrim de Figueiredo, considerou que o estado da nação é “preocupante”, acusando o Governo de não “antecipar, planear e resolver” os problemas e de ter “desistido de fazer reformas”, preferindo “fazer remendos”;
  • A líder parlamentar do PCP defendeu que a atual situação nacional é “marcada pelo agravamento das condições de vida dos trabalhadores e do povo”, acusando o Governo de recusar resolver os problemas e favorecer os “interesses dos grupos económicos”;
  • O PAN considerou que há uma “ausência de reflexão profunda sobre as reformas estruturais” do país, com o Livre a criticar também a falta de visão e de “sentido de urgência” da classe política portuguesa.

O debate inicia-se pelas 15:00 e tem a duração de 221 minutos, divididos entre abertura, debate e encerramento. A sessão começa com uma intervenção do primeiro-ministro, sujeito a perguntas dos grupos parlamentares e dos deputados únicos, seguindo-se a discussão, que é encerrada pelo Governo.

 
 
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