Esta é a matéria para o exame de dia 15. E sim, sai tudo
Edição por Tomás Albino Gomes
As aulas presenciais recomeçam na próxima semana e num clima de armonização com a temática do regresso às escolas, o Governo vai levar todo o país a exame, mais um, e o tema não é novidade para ninguém.
Entendeu o Conselho de Ministros que o regresso às aulas e o regresso de uma grande maioria aos locais trabalhos, após as férias de verão, pode vir a resultar numa situação delicada para o país, cujo número de novos casos diários de infeção causada pelo novo coronavírus voltou a atingir valores elevados, ao nível dos registados em abril, um dos meses em que o país viveu em confinamento. Assim, para evitar que a mobilidade de pessoas resulte num disparar dos números, definiu um conjunto de regras a seguir a partir do dia 15 de setembro, altura em que Portugal Continental passa do estado de alerta para o estado de contigência.
Nada disto é novidade. Se para os habitantes e trabalhadores da Área Metropolitana de Lisboa se pode dizer que é quase mais do mesmo, para o resto do país é um regresso a tempos não muito longínquos. Tal, no entanto, não significa por si só que toda a gente saiba ainda a matéria de cor. Numa espécie de resumo Europa-América, o SAPO24 ‘pontificou’ os principais temas que tem de ter em mente para aplicar daqui a cinco dias e que pode, inclusive, ir aplicando nos que se seguem para praticar para o teste. Antes de ir à matéria propriamente dita, num prefácio que é na verdade um disclaimer, digo-lhe que não, não vai ter de andar de máscara na rua.
Bem, partindo do geral para o particular, comecemos pelas medidas que são aplicadas a todo o Portugal Continental:
Se o leitor ou leitora vive ou trabalha numa das áreas metropolitanas do país, Lisboa e Porto, há mais umas notas que tem de decorar:
Findada a geografia, entramos nos temas mais específicos. Sobre o regresso às aulas presenciais é importante saber que todas as escolas têm planos de contingência, vão distribuir equipamentos de proteção individual e têm regras de atuação perante caso suspeito, caso positivo ou surtos. Por último, nos restaurantes, cafés e pastelarias a 300 metros das escolas, os grupos estão limitados a um máximo de quatro pessoas.
Sobre lares de idosos, há que saber que vão ser criadas brigadas distritais de intervenção rápida para contenção e estabilização de surtos em lares, com o envolvimento de médicos, enfermeiros e técnicos de diagnóstico — estão previstas “18 equipas, que estarão todas operacionais até ao final deste mês e envolverão um conjunto de 400 pessoas”. O objetivo é "agir de uma forma muito rápida perante qualquer surto que se venha a verificar num lar”, para permitir o diagnóstico o mais precoce possível.
Por último, uma não-matéria. Os recintos desportivos vão continuar sem público, uma vez que o Governo considera diferentes os comportamentos das pessoas entre estar num estádio de futebol ou numa sala de cinema ou teatro.
Uma última nota. A cinco dias deste exame geral, soubemos esta quinta-feira que os números dos últimos dias atiraram Portugal para fora do corredor aéreo do Reino Unido, à exceção das regiões autónomas, o que significa que quem viajar para a Grã-Bretenha a partir de Faro, Lisboa ou Porto terá de cumprir um período de quarentena obrigatória de 14 dias.
Por aqui, a sugestão é que esta não seja uma notícia que desanime, mas que incentive ao estudo para dar a volta aos números - e, já agora, aos ingleses que por esta altura tanto impacto têm no setor do turismo -, uma vez que até a vacina chegar nada vai voltar a ser como era antes.
O regresso às aulas está quase aí e muita coisa irá mudar com este cenário de pandemia. Continuar a ler