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Newsletter diária • 20 jul 2021

 
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Fui só ali dar uma voltinha ao Espaço

 
 

Por Inês F. Alves

  • Foi o que Jeff Bezos, o homem mais rico do mundo, fez esta terça-feira: Foi ao Espaço e voltou dez minutos, acompanhado do irmão, Mark Bezos, de um jovem holandês de 18 anos, Oliver Daemen, e de Wally Funk, que aos 82 anos concretizou um sonho, depois de na década de 60 ter sido rejeitada para o programa de astronautas por ser mulher.
  • Bezos parte nove dias depois de Richard Branson ter chamado a si o feito de ser "o primeiro" — recorde-se que o fundador da Virgin Galactic esteve para não realizar este voo até ao final do verão, mas mudou de ideias assim que outro colega da turma dos bilionários (Jeff Bezos, da Amazon) anunciou que ia fazer a primeira viagem ao espaço da Blue Origin a 20 de julho.
  • O que é que separa esta ida ao Espaço daquela que foi protagonizada por Branson?
    • A data: escolhida para coincidir com o 52.º aniversário da chegada de Neil Armstrong e Buzz Aldrin à Lua.
    • A tecnologia: Brandson utilizou um aparelho que mais se parece com um avião no descolar e aterrar; Bezos optou por uma cápsula mais parecida com um foguetão. Se está interessado nos detalhes dos equipamentos, recomenda-se esta infografia do Financial Times. Além disso, a New Shepard, de Bezos, é completamente autónoma, o que faz do voo da Blue Origin o primeiro voo suborbital realizado sem piloto.
    • A distância: Bezos ultrapassou a Linha de Karman, a cerca de 100 quilómetros de altura, que é a fronteira do Espaço reconhecida internacionalmente pela Federação Aeronáutica Internacional. Branson foi até aos 86 quilómetros. Esta questão das distâncias não é, todavia, consensual, já que os EUA consideram que fronteira entre a atmosfera da Terra e o Espaço está nos 80 quilómetros.
    • O tempo "no Espaço": cerca de 4 minutos para Branson e 3 para Bezos
    • O local de lançamento: Branson partiu do Novo México; o lançamento de Bezos foi no Texas.
    • Se não teve tempo para ver estes dois voos, aqui ficam os vídeos para recordar: primeiro o de Branson e agora o de Bezos.
  • Concentremos-nos, todavia, nas especificidades do feito alcançado pelo patrão da Amazon, já que a atualidade assim o exige. Algumas curiosidades:
    • Esta aventura de Jeff Bezos começou há mais de 20 anos, quando o patrão da gigante do comércio online fundou a Blue Origin, com o objetivo de tornar o Espaço mais acessível e de construir "foguetões" reutilizáveis;
    • O New Shepard descolou de uma plataforma no deserto do Texas, nos Estados Unidos, às 14:13 (hora em Lisboa), com um atraso de 13 minutos face à hora prevista devido a revisões técnicas nos últimos minutos;
    • O nome do foguetão é em honra que Alan Shepard, o primeiro norte-americano no Espaço;
    • Se quisermos ser específicos, esta viagem ao Espaço durou 10 minutos e dez segundos;
    • Um comprador anónimo pagou 28 milhões de dólares num leilão para acompanhar Jeff Bezos neste voo inaugural, mas acabou por ficar em terra devido a "conflitos de agenda", devendo fazer a sua ida ao Espaço numa próxima oportunidade. O seu lugar foi ocupado por Oliver Daemen.
  • Porque é que esta corrida milionária ao Espaço é importante? Investidores como Branson e Bezos estão a desafiar a forma como se olha para o Espaço, antes domínio exclusivo da NASA, da ESA ou da Roscosmos (a agência espacial russa). A chegada de players privados ao Espaço pode criar novas oportunidades de negócio e, com isso, iniciar uma nova era na indústria espacial.
 
 
 
 

 
 

Quando, na próxima sexta-feira, na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos, a chama olímpica entrar no estádio nacional de Tóquio o ambiente vai ser estranho, inaudito. O protocolo anti-Covid impõe que tudo aconteça sem público, portanto, que o desfile dos atletas do mundo aconteça sem vozes nem aplausos na bancada. Continuar a ler

 
 
 
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Advogado e ex-secretário de Estado, João Luís Mota de Campos, especializado na área dos contratos públicos, faz uma radiografia da Justiça portuguesa. E acredita que só é possível acabar com a corrupção retirando ao Estado o poder individual de decisão.

 
 
 
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De quatro rodas para duas, o futuro da mobilidade quer-se suave, com os carros a ceder espaço às bicicletas e trotinetes. A vontade política manifesta é essa e há cada vez mais pessoas a optar por meios de transporte alternativos. Mas falta segurança, a real e a percecionada — e isso reflete-se em números e histórias trágicas que colocam ciclistas e automobilistas em confronto. E há quem já tenha metido as mãos (e a inteligência artifical) à obra para encontrar uma solução. Se é certo que a vaga de fundo da mobilidade alternativa é incontornável, pede-se uma "transição" em vez de uma "revolução", e exige-se um plano pensado à medida para que a cidade não seja de uns ou de outros, mas de todos.

 
 
 
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Marcos Freitas é o mesa-tenista português mais cotado no ranking internacional (24º). Começou a preparar os JO há seis meses e lamenta não ter tido mais jogos e competição. Esta será a quarta participação. Recorda a sua primeira vez, quando viu os nomes grandes da modalidade. Na viagem para Tóquio não esquece o bolo de mel da Madeira.