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No país onde ter um emprego não é suficiente para escapar à pobreza

Por Inês F. Alves

E se lhe disserem que a maioria das pessoas em situação de pobreza trabalha? Chocante? Esta é uma das conclusões do estudo "Pobreza em Portugal - Trajetos e Quotidianos" hoje conhecido.

Neste estudo foram identificados quatro perfis de pobreza em Portugal: os reformados (27,5%), os precários (26,6%), os desempregados (13%) e os trabalhadores (32,9%).

Dizem-nos os números que um terço dos pobres são trabalhadores. Se a estes juntarmos os precários, isso significa que mais de metade das pessoas em situação de pobreza trabalha. Ou seja, “ter um emprego seguro não é suficiente para sair de uma situação de pobreza”, conclui o estudo.

Fernando Diogo, professor de Sociologia na Universidade dos Açores, não esconde a "surpresa" desta conclusão, uma vez que os investigadores estavam à espera de encontrar sobretudo pessoas com uma trajetória de emprego “em carrossel”, em que se alterna entre atividade laboral precária, períodos de desemprego e uma “zona difusa entre trabalho e não trabalho”. Pelo contrário, “há uma parte dos pobres que são efetivos nos seus postos de trabalho, muitos há mais de 10 e alguns há mais de 20 anos. Claro que com ordenados baixos, que têm de dividir o seu ordenado com a família, com uma família numerosa”, diz.

A análise concluiu ainda que o desemprego, a doença e o divórcio são fatores que contribuem para a entrada numa situação de pobreza ou que impedem que se saia desta condição. Chamam-lhes "os três D da pobreza".

Os investigadores envolvidos neste estudo notam ainda que "a maior parte das situações de pobreza em Portugal são pobreza tradicional, porque persistente ao longo da vida dos indivíduos e porque há uma tendência forte para se reproduzir entre gerações".

E quando olham para o futuro próximo adiantam que as pessoas que vão cair em situação de pobreza devido à pandemia serão provavelmente as mesmas que conseguiram sair desta situação mas que regressam e quem já se encontrava em cenários de vulnerabilidade.

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) já começou a processar os primeiros reembolsos do IRS e o respetivo valor vai chegar aos contribuintes “a meio da semana”, referiu o secretário de Estado António Mendonça Mendes.

O prazo para a entrega do IRS começou a 1 de abril e termina em 30 de junho, sendo que cerca de 3,5 milhões de agregados familiares podem beneficiar do IRS automático, o que torna a entrega mais simples e mais rápida.

De acordo com os prazos previsto na lei, a liquidação do IRS tem de estar concluída em 31 de julho, tendo o imposto de ser pago ou devolvido (via reembolso) até 31 de agosto.

Há mais de 4000 entidades inscritas e a quem pode "doar" 0,5% do seu IRS. Basta preencher um campo na declaração e não há qualquer custo para o contribuinte. Neste caso, custa muito pouco ser solidário. Saiba como aqui.

As primeiras 30 mil vacinas da Janssen, do grupo Johnson & Johnson, vão chegar a Portugal esta quarta-feira.

Atualmente, estão aprovadas quatro vacinas na UE pela Agência Europeia do Medicamento: Pfizer/BioNTech (Comirnaty), Moderna, Vaxzevria e Janssen.