Num país "pacato", a PJ está atenta a ligações com o Daesh
Edição por Alexandra Antunes
O assunto terrorismo causa estranheza neste país considerado "pacato". Por isso, a notícia de que foram detidos pela PJ dois iraquianos suspeitos de pertencerem ao movimento jihadista Daesh chegou com alguma surpresa.
Contudo, as autoridades têm estado de olho no caso (e noutros semelhantes: recorde-se que também este ano foram confirmadas condenações, em Portugal, por crimes de apoio a organizações terroristas islâmicas). No caso destes dois homens, de 32 e 34 anos, a PJ estava a vigiá-los desde 2017.
Mas como é que as atenções recaem sobre os dois irmãos iraquianos? Ao que parece, um outro iraquiano, na Delegação Regional de Leiria, denunciou-os como sendo militantes do Estado Islâmico, aludindo ainda ao facto de o irmão mais velho ocupar um lugar de destaque na organização em Mossul, facto que levou o SEF a partilhar esta informação com as autoridades.
Consequentemente, em 2018, esse homem já era considerado um "risco para a segurança interna" para o Serviço de Informação e Segurança (SIS), devido à suposta preparação de um ataque na Alemanha.
Sobre os suspeitos, sabe-se que chegaram informações diretamente do Iraque nos últimos tempos, pelo que foi agilizado o processo, acabando estes por ser detidos na Grande Lisboa. Os dois terão integrado, em 2016, as milícias do estado islâmico em Mossul, antiga capital do Estado Islâmico no Iraque e, por cá, viviam na mesma casa — e o mais velho teve problemas de integração no país, ao passo que o mais novo conseguiu adaptar-se mais facilmente.
Para já, quanto ao desfecho da história, foi apenas referido que vão ficar em prisão preventiva por decisão do juiz de instrução criminal.
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