Os soldados da paz quebraram barreiras e subiram escadas. Terão subido a escada errada?
Edição por Ana Maria Pimentel
Os bombeiros sapadores estão hoje a manifestar-se junto à Assembleia da República para reivindicar aumentos salariais, que consideram baixos e inadequados às funções. Centenas de profissionais subiram as escadas de acesso ao Parlamento, chegando a romper as barreiras o que obrigou a mobilizar as forças de segurança ao local.
Depois de ordens policiais para descer as escadas os bombeiros continuaram a formar e a libertar fumos de foguetes. Não demorou muito até às escadas da AR ficarem cobertas de fumo negro, enquanto na rua, cortada ao trânsito, uma grua num camião erguia um caixão com um "bombeiro morto". Já ao fundo das escadas, os manifestantes incendiaram vários pneus e queimaram uma farda, enquanto gritavam a palavra “vergonha”, responsabilizando os decisores políticos pela situação da classe.
Mas não foi só pela situação da classe que os bombeiros responsabilizaram os políticos. O presidente do Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores chegou a assumir que o protesto saiu do controlo e foi além do autorizado. Contudo, para Ricardo Cunha também a culpa desse exagero foi do governo.
“Sei que eles têm razão nos protestos, o que motivou isto foi o senhor secretário de Estado ter marcado uma reunião e, no fim, voltou a dizer que não tinha nada para apresentar. Qualquer pessoa normal devia perceber que não podemos faltar à verdade aos bombeiros… Se já andam revoltados, a probabilidade de isto acontecer era muito elevada. O culpado disto tudo acaba por ser o Governo”, afirmou o presidente do Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores.
As reivindicações dos bombeiros são muitas desde aumentos salariais a regulamentação das carreiras, passando pela operacionalização das carreiras.
Mas se os bombeiros sapadores culpam o Governo por tudo, a Ministra da Administração Interna lembra que os bombeiros sapadores, que se estão a manifestar em frente ao Parlamento, em Lisboa, "são bombeiros cujo patrão não é o Estado". "São bombeiros das autarquias, dependem das autarquias locais", frisou. A ministra da Administração Interna recordou também que "as reivindicações que estes bombeiros estão a fazer duram há 22 anos". "Estão a tentar, e vão conseguir com certeza, ter o estatuto do bombeiro".
*Com Lusa
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