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Newsletter diária • 21 set 2021

 
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Os submarinos e o equilíbrio geopolítico

 
 

Edição por Alexandra Antunes

Fala-se agora de um problema de promessa de compra falhada de submarinos que é mais do que isso: envolve uma questão de equilíbrio geopolítico.

Há uns dias, soube-se que a Austrália se tinha comprometido em comprar 12 submarinos a França, mas posteriormente anunciou a compra de submarinos com propulsão nuclear aos Estados Unidos, rompendo o contrato com Paris, para submarinos que não teriam essa tecnologia. Dessa decisão saiu a aliança trilateral entre Austrália, Reino Unido e Estados Unidos, AUKUS (iniciais em inglês dos três países anglo-saxónicos).

"O que está aqui em causa é a quebra de confiança entre aliados: uma aliança significa transparência, previsibilidade e explicações, mas tudo isto não foi dado aqui (…) Porque se esconderam, porque o fizeram às escondidas?", lamentou o ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Jean-Yves Le Drian.

E acrescentou: A atitude dos Estados Unidos "é uma deceção: pensávamos que tinham virado a página do unilateralismo, da brutalidade nos anúncios, do desrespeito pelos aliados".

Entre críticas, a União Europeia já veio dar o seu "apoio claro" à França, segundo o chefe diplomático da UE, Josep Borrell. Afinal, os europeus sentiram que a disputa franco-americana sobre o anúncio da aliança Indo-Pacífico não era "uma questão bilateral", mas sim que "afetava" toda a UE.

Também o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, disse hoje que a Austrália "furou compromissos" com a França, numa decisão "bastante discutível".

"Na generalidade, nós próprios exprimimos a nossa solidariedade com a França, que de facto não foi tratada com o respeito devido neste processo", disse.

"É muito importante que os Estados Unidos, o Reino Unido e a União Europeia estejam o mais possível alinhados nas suas estratégias para o Indo-Pacífico", declarou Santos Silva.

"A preocupação portuguesa é que estes últimos acontecimentos não perturbem o alinhamento entre Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia, que me parece tão necessário para que o equilíbrio geopolítico na região do Indo-Pacífico seja reforçado", detalhou ainda o ministro português.

 
 
Francisco Sena Santos
 
 

A França está em fúria por motivos económicos e comerciais, geopolíticos e diplomáticos. Continuar a ler

 
 
 

De olhos postos na campanha

 
 

Bicicletas em Lisboa: A candidata do BE à Câmara de Lisboa nas autárquicas Beatriz Gomes Dias afirmou que não irá abdicar das ciclovias na cidade, reconhecendo que podem ser melhoradas aquelas em que forem identificados problemas.

No Norte e no Alentejo: Ao oitavo dia de campanha para as autárquicas, o secretário-geral do PS, António Costa, está de passagem pelo Alentejo, e o presidente do PSD, Rui Rio, mantém a ‘caravana’ eleitoral pelo norte do país.

O IRS em Viana do Castelo: O cabeça de lista da coligação PSD/CDS-PP à presidência da Câmara quer devolver o poder de compra aos cidadãos restituindo os 5% do IRS e isentar de derrama as empresas instaladas no concelho.

 
 
Adriana Cardoso
 
 

A mudança do Tribunal Constitucional, um aeroporto e o metro que prometeram vir e que nunca chegou. Continuar a ler