Uma lista vermelha, uma variante com “uma subida galopante” e vacinas em férias
Edição por Tomás Albino Gomes
Num momento em que o cenário pandémico se agrava, mesmo que num quadro diferente do passado, uma vez que já foram administradas oito milhões de vacinas e, portanto, existe já uma boa percentagem de pessoas imunizadas, surgem quase todos os dias novas regras e novos paradigmas a ter em conta, tanto para a nossa vida pessoal, como para a vida em comunidade.
Por exemplo, é importante ter em conta que, segundo as autoridades de saúde portuguesas, a variante Delta do novo coronavírus, detetada na Índia, deverá ser responsável por mais de 70% das infeções na região de Lisboa e Vale do Tejo e já poderá ser a predominante em Portugal.
Esta variante é considerada mais contagiosa e possivelmente mais resistente a algumas vacinas.
É importante também saber, para se entender o contexto da situação, que Portugal se mantém no topo da lista dos países da União Europeia com maior incidência de covid-19 e a partir de hoje está na "lista vermelha" da Alemanha, que obriga os viajantes provenientes do território português a uma quarentena de 14 dias.
As autoridades sanitárias alemãs consideram Portugal um pais preocupante devido à incidência de variantes do SARS-CoV-2 e as restrições aos viajantes serão impostas durante, pelo menos, duas semanas.
A decisão foi tomada dias depois da chanceler alemã, Angela Merkel, ter criticado a falta de regras comuns na União Europeia (UE) relativamente às viagens e utilizado como exemplo o aumento de infeções em Portugal, uma situação que, disse, “podia ter sido evitada”.
Num contexto mais pessoal, se ainda não foi vacinado ou se ainda só foi inoculado com uma dose, é importante saber que as duas doses têm de ser administradas no mesmo centro de vacinação. Caso esteja a ponderar ir de férias pode ser preciso alguma ginástica.
O que é que três coisas aparentemente soltas nos dizem? Que esta reta final não vai ser tão simples e calma quanto esperaríamos. O Portugal de hoje e o de há um mês são bastante diferentes. A culpa é em grande parte da variante Delta (há quem acuse o Governo de ter sido lento na resposta à entrada dela no nosso país), que segundo José Artur Paiva, membro da Comissão de Acompanhamento da Resposta Nacional em Medicina Intensiva para a covid-19, nos vai obrigar a colocar a imunidade de grupo nos 85% em vez de nos 70%.
Perante tudo isto a questão da tomas das vacinas no mesmo local pode parecer supérfulo, mas numa altura em que chegada a hora do descanso aparecem medidas que impedem a saída e entrada de pessoas em certas zonas do país, condicionando parte dessas mesmas férias, existir a possibilidade de interromper esses dias - mesmo por aquela que é uma das melhores causas - talvez não seja supérfulo de todo.
Hoje no Euro: Mais uma final antecipada num torneio sem campeões
Depois do dia de melhor futebol em todo o Campeonato da Europa, com uma vitória de Espanha sobre a Croácia só no prolongamento (5-3) e a eliminação de França pela Suíça nas grandes penalidades, partimos para o último dia dos oitavos-de-final de olhos postos em mais uma espécie de final antecipada.
Num torneio em que já caiu o campeão do mundo, o vice-campeão do mundo, o campeão europeu, o campeão da Liga das Nações e o vice-campeão da Liga das Nações, um Inglaterra - Alemanha ganha outra aura.
No primeiro jogo do dia, a partir das 17:00 no Estádio Wembley, em Londres, frente a frente estarão dois campeões mundiais, com a Inglaterra a chegar aos ‘oitavos’ como vencedora do grupo D, e a Alemanha na qualidade de segunda no grupo de Portugal.
É um duelo de ‘titãs’ neste Europeu, entre duas seleções históricas, de um lado a Alemanha, quatro vezes campeã mundial e três vezes campeã europeia (1972 e 1980 como Alemanha Ocidental e 1996), e a Inglaterra, uma vez campeã mundial.
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