Edição por Tomás Albino Gomes
Porque é que as farmácias não receberam nem metade das doses encomendadas?
- O Ministério da Saúde soube desde cedo que as vacinas da gripe sazonal não iriam chegar para todos, nem sequer para os grupos de risco. Ainda assim, apostou numa forte campanha de vacinação, frustrando as expectativas de muitas pessoas que quiseram vacinar-se e não conseguiram.
- Ao todo, Portugal comprou 2.510.000 vacinas (2,070 milhões para o SNS, 440 mil para as farmácias), quando só a população com mais de 65 anos, e por isso com recomendação para tomar a vacina, é superior a dois milhões.
- A Direcção-Geral da Saúde afirma que a compra das vacinas foi feita no início do ano, "antes da pandemia" ter chegado a Portugal. Quando, mais tarde, tentou reforçar essa quantidade, já a disponibilidade de vacinas produzidas no mercado mundial estava praticamente esgotada.
- Por outro lado, a Mylan, que produz a Influvac, a marca distribuída da vacina da gripe este ano pelas farmácias, garantiu ao SAPO24 que “para a época de vacinação de 2020/2021, a empresa não só tem cumprido os seus compromissos para com o SNS, entregando as doses dentro do prazo, como tem consistentemente antecipado a entrega das mesmas. Confirmamos ainda que este ano fornecemos mais doses ao mercado português versus 2019".
- Numa grande reportagem, Isabel Tavares traça um olhar global sobre a campanha de vacinação contra a gripe, numa altura em que ainda há centenas de pessoas de grupos de risco por vacinar. Enquanto estes esperam e desesperam pelas vacinas da gripe sazonal, no Sistema Nacional de Saúde já só se ouve falar na vacina contra a Covid-19. As farmácias dispensaram até agora 205.996 doses, nem metade da encomenda.
"Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres", marchar, marchar
- Associações e coletivos da sociedade civil organizam hoje, em Lisboa, a concentração "Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres", no âmbito do Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres.
- A concentração ocorre no dia em que o Governo lança uma nova campanha de combate à violência doméstica, desta vez centrada no papel das testemunhas na denúncia deste crime, espalhada por transportes públicos, rede multibanco, hipermercados, estações de serviço ou órgãos de comunicação social.
- Este ano, houve mais 8% de denúncias por violência doméstica até ao dia um de setembro, face ao período homólogo de 2019. A PSP já sinalizou este ano cerca de 800 suspeitos da prática de crime de violência doméstica e já elaborou mais de 32.000 planos de segurança individual neste contexto.
Movimento "A Pão e Água" concentra-se em frente à Assembleia da República
- Os organizadores prometem uma “grande manifestação de caráter nacional”, esperando mais de 40 autocarros provenientes de vários pontos do país. O movimento pretende reunir em frente ao parlamento, pelas 15:30, profissionais de vários setores de atividade afetados pelas medidas de combate à pandemia de covid-19, como comércio, cultura, hotelaria, restauração e respetivos fornecedores.
- Tal como já aconteceu em manifestações anteriores no Porto e em Faro, estes profissionais exigem a adoção imediata de medidas como a atribuição de apoios a fundo perdido, aos restaurantes, bares, discotecas, organizadores de eventos, músicos, atores, produtores, entre outros.