"Estou com vocês a 1.000%", disse Trump. "Adoro e respeito-vos", insistiu o novo presidente norte-americano, diante da famosa parede da CIA onde estão gravadas as estrelas que representam agentes mortos em serviço.

Naquele que foi o seu primeiro ato oficial como presidente, assegurou que "não há ninguém que tenha sentimentos mais fortes sobre a comunidade de inteligência e da CIA que Donald Trump. Não há".

Como fez na campanha eleitoral, Trump voltou a atacar os meios de comunicação e afirmou que os jornalistas que escrevem sobre ele "são algumas das pessoas mais desonestas que existem na Terra".

Os media "fazem transparecer que tenho um problema com a comunidade de inteligência. Mas quero que saibam que vocês são a primeira visita que faço. É exatamente o oposto da sua versão", esclareceu.

E aproveitou seu discurso para informar que estava em "guerra com a imprensa".

Numa sala repleta de funcionários da CIA, não poupou elogios ao legislador ultraconservador Mike Pompeo, que ele próximo nomeou como diretor da agência.

"Assim que me reuni com ele, disse à minha equipa para cancelar as restantes entrevistas", contou Trump. De acordo com o presidente, Pompeo é uma figura unânime e apreciado. Mas, mais importante, "tem o respeito de todos".

A visita de Trump à sede da CIA representou uma mudança na retórica por si empregue, pois ainda no dia 11 de janeiro colocou em causa a competência dos serviços de inteligência norte-americanos. "Disparates que foram divulgados pelas agências de inteligência e que nunca deviam ter sido escritos, lidos e divulgados", disse na conferência de empresa.

Recorde-se que Trump recorreu ao Twitter para ridiculizar as agências, especialmente como estas lidaram no caso do ataque informático ao Partido Democrata durante as eleições presidenciais de novembro de 2016.

A situação agravou-se depois de vazarem na internet supostos documentos de inteligência que sugerem que a Rússia tinha em sua posse material comprometedor que podia utilizar para fazer chantagem com o atual presidente dos Estados Unidos.