Ainda o Navalny e será Navalny enquanto for preciso
Edição por Ana Maria Pimentel
Depois da morte de Navalny, na sexta-feira, e dos líderes mundiais terem acusado Putin de ser o responsável pelo assassinato do líder da oposição russa. Ao longo do fim-de-semana houve várias manifestações de apoio ao corajoso líder que morreu preso numa cadeia a lutar pela libertação do povo russo.
Mas se os contornos da morte do ativista anti-corrupção sempre levantaram dúvidas no ocidente, hoje a sua mulher, Yulia Navalnaya, divulgou uma declaração em vídeo sobre a morte do seu marido, onde acusa o governo russo de o ter envenenado outra fez.
A “estoica”, é assim que o Moscow Times chama a Yulia Navalnaya, agora viúva de Navalny. Estoicismo é, de facto, uma característica que não falta à ativista que nunca o quis ser e que é hoje recebida pelos Chefes da Diplomacia da UE. Agora a esperança da Rússia (e da Ucrânia) é que seja Yulia a manter içada a bandeira da oposição. Principalmente porque a luta ainda está longe de acabar, tendo as autoridades russas negado, pelo terceiro dia, o acesso da família ao corpo de Alexei Navalny.
Infelizmente, Navalny não será o único prisioneiro a ser executado em cadeias russas. Mas se a sua execução servir para levar luz aos outros casos, será o mínimo que se poderá fazer para honrar a memória desse homem. A procuradoria ucraniana anunciou neste domingo, por exemplo, que abriu uma investigação sobre a suposta execução a tiro por militares russos de oito prisioneiros de guerra no leste do país, em especial perto de Avdiivka, um dia após a retirada das forças de Kiev dessa cidade. Zona que Moscovo reclamou hoje, dizendo ter concluído a tomada da cidade do leste da Ucrânia, eliminando a última bolsa de resistência localizada numa fábrica de aquecimento de carvão (coque).
Mas mesmo com este avanço russo, a morte de Navalny voltou a trazer à luz do dia as repressões russas no geral, a invasão da Ucrânia em particular. O ministro ucraniano das Infraestruturas, Oleksandr Kubrakov, declarou, por exemplo, nesta segunda-feira que o bloqueio da fronteira por um protesto de agricultores polacos é uma "ameaça direta à segurança" do país. E, também, o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) anunciou que está a tentar "clarificar sobre o destino de 23.000 pessoas que terão desaparecido" durante o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, em curso há dois anos.Mas também há promessas para o futuro. O primeiro-ministro japonês prometeu um envolvimento a longo prazo na reconstrução da Ucrânia, sublinhando o compromisso de apoiar o país, antes do aniversário de dois anos da invasão russa.
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