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Newsletter diária • 15 mar 2022

 
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Com três líderes europeus a caminho de Kiev, Ucrânia e Rússia voltaram à mesa das negociações

 
 

Após uma “pausa técnica” na ronda de segunda-feira, as negociações entre a Ucrânia e a Rússia foram retomadas hoje entre as delegações dirigidas pelo ucraniano Mykhaïlo Podoliak e pelo russo Vladimir Medinsky

É a quarta vez que ambas as partes se encontram para pôr fim ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia, estando entre os assuntos que devem ser abordados "um cessar-fogo e a retirada das tropas" russas do território ucraniano, adiantou hoje Podoliak.

Numa fase em que o consenso ainda parece longínquo, é a Ucrânia que demonstra otimismo. Oleksiï Arestovich, conselheiro da presidência ucraniana, considerou possível que um acordo de paz possa ser anunciado entre Moscovo e Kiev até maio. Já o Kremlin considera prematuro qualquer "prognóstico" sobre as negociações.

A sessão decorre no mesmo dia em que os primeiros-ministros da Polónia, Mateusz Morawiecki, da República Checa, Pietr Fiala, e da Eslovénia, Janez Jansa, se deslocaram à Ucrânia, a caminho de Kiev para se encontrarem com Volodymyr Zelensky.

A iniciativa tem sido entendida como um misto de solidariedade e desafio à Rússia, já que a capital ucraniana continua a ser alvo de bombardeamentos. Esta manhã, um ataque russo contra um edifício residencial de 15 andares, no oeste de Kiev, causou pelo menos quatro mortos — um número que, contudo, não está incluído no balanço feito pela ONU, de 691 civis mortos e 1.143 feridos até segunda-feira.

Tal como não estará o de Pierre Zakrzewski, jornalista da estação norte-americana Fox News que morreu na sequência de um bombardeamento sobre o veículo onde se encontrava em Horenka, à saída de Kiev. É o mais recente repórter a perder a vida no acompanhamento desta guerra. Três jornalistas tinham já morrido e mais de 30 ficaram feridos desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro. A confirmarem-se estas contas, o número de profissionais mortos na Ucrânia sobe para quatro.

Mas se alguns jornalistas perderam a vida, outros lutam por mantê-la livre. Marina Ovsiannikova, a jornalista russa que se insurgiu em direto contra a guerra, já foi presente a tribunal. Para já, sai em liberdade condenada ao pagamento de uma multa de 30 mil rublos, cerca de 260 euros. No entanto, paira a possibilidade de ser acusada do crime de publicar "informações falsas" sobre os militares russos, delito que prevê uma pena máxima de 15 anos de prisão e cuja aplicação decorre de uma lei aprovada recentemente, já durante o conflito.

O ambiente está de tal forma tenso que Vitali Klitschko, presidente da câmara de Kiev, voltou a decretar um recolher obrigatório durante 35 horas a partir das 20:00 locais (18:00 em Lisboa), explicando que a cidade está a passar por "um momento perigoso e difícil". Já  NATO teme um ataque russo com armas químicas sob falsos pretextos. "Preocupa-nos que a Rússia possa organizar uma operação sob bandeira falsa que possivelmente inclua armas químicas", disse o secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg,

No entanto, nem tudo são (muito) más notícias. Já saíram 2.000 veículos da cidade de Mariupol, cercada pelas forças russas e pelos separatistas pró-Moscovo, através de um corredor humanitário. A violência a que tem sido submetida esta cidade chegou a ponto tal que a Cruz Vermelha Internacional refere que há pessoas a retirar água dos seus aquecedores a óleo para ter algo que beber, dada a carência de meios.

Aqueles que conseguem fugir de Mariupol juntar-se-ão aos três milhões que já fugiram da Ucrânia. Enquanto a Europa tenta acolher a vaga de refugiados, convém saber como recebê-los. Como acolher? Como integrar? As perguntas e respostas do acolhimento a refugiados ucranianos foram ontem discutidas numa sessão de esclarecimento que decorreu no auditório Fórum Lisboa, sede da Assembleia Municipal de Lisboa.

 
 

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