Como as buscas no Parlamento Europeu, podem servir de impulso a Zelensky
Edição por Ana Maria Pimentel
O Ministério Público belga divulgou hoje que estão a decorrer "buscas na residência de um funcionário do Parlamento Europeu e no seu escritório no mesmo edifício, em Bruxelas", segundo a Associated Press. Em causa está uma suspeita de interferência russa. “As buscas fazem parte de um caso de ingerência, corrupção passiva e participação numa organização criminosa e estão relacionadas com indícios de ingerência russa, em que membros do Parlamento Europeu foram abordados e pagos para promoverem propaganda russa através do website de notícias Voz da Europa”, afirmaram os procuradores no comunicado.
Sabe-se também que o funcionário é um antigo assistente parlamentar do eurodeputado alemão Maximilian Krah, do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD). Isto numa altura em que os deputados AfD foram expulsos da sua família política europeia, o ID.
Se, por um lado, isto pode servir para fazer crescer o discurso da corrupção e do controlo do Parlamento Europeu. Por outro, esse discurso tem vindo exactamente de partidos ligados ao ID, nomeadamente a própria AfD. Portanto, outra linha interpretativa poderá ser que o Parlamento Europeu está a ser rápido a identificar casos de corrupção. E se se seguir o exemplo do que aconteceu com Eva Kaili, será rápido a agir também.
E além de voltar a respaldar Zelensky que continua a procurar apoio dos aliados, desacredita Putin, que ainda ontem considerava que o único poder legítimo na Ucrânia pertence agora ao parlamento ucraniano e não ao Presidente, alegando que o mandato de Volodymyr Zelensky terminou em 20 de maio.
A ameaça de Putin na Europa está a marcar as eleições europeias (e também as americanas). Ainda no debate de ontem a defesa, Putin, a invasão e Zelensky marcaram um longo momento da discussão. Onde mais uma vez só a CDU destoou e o Chega manteve-se - à semelhança dos outros debates - no meio do muro. Saltitando entre os dois lados conforme o debate (e às vezes dentro do mesmo debate). Mas o tema foi tão aceso que hoje Sebastião Bugalho disse aguardar um pedido de desculpas da sua adversária do PS por lhe ter chamado imaturo depois de Sebastião Bugalho ter considerado que a visita do presidente da Ucrânia era “um dia de festa”.
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Um dos amigos de quem sinto mais saudades é esse Senhor, cujo nome está em epígrafe. O seu percurso profissional mistura-se com a história do teatro brasileiro. O seu talento ombreia com o das divindades dos palcos, Leopoldo Fróes (1882-1932) e Laurence Olivier (1907-1989). A sua postura era ímpar, a de um cavalheiro, praticamente um aristocrata. Continuar a ler
Será possível ser-se feminista e católica ao mesmo tempo, conciliando ativismo e fé num Deus perante o qual se ajoelha todo um sistema religioso patriarcal e discriminatório? No livro "Ave Mary – E a Igreja Inventou a Mulher", Michela Murgia afirma que sim, lançando um novo olhar à figura de Maria de Nazaré e à sua história. Nas suas páginas, inteligentes e irónicas, recorre a conhecimentos teológicos e bíblicos, à sua experiência pastoral e a exemplos concretos da vida quotidiana, para, de forma crítica, evidenciar como o papel da mulher ainda hoje prevalecente na nossa sociedade, partilhado igualmente por crentes e ateus confessos, foi na verdade forjado ao longo dos séculos pela Igreja e perpetuado pelo seu sistema patriarcal desvirtuando o anúncio cristão originário de uma figura verdadeiramente revolucionária e desestabilizadora, capaz de subverter esse modelo feminino inalcançável de castidade, obediência e submissão que impõe uma hierarquia entre os sexos. O SAPO24 publica um excerto desta obra, já nas livrarias.
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