Este OE ainda é o mesmo de outubro? Mais ou menos
Edição por Tomás Albino Gomes
Depois de quatro dias de apreciação de um número recorde de propostas na especialidade, o processo do Orçamento do Estado para 2023 (OE2023) termina hoje com a votação final global, documento com aprovação garantida devido à maioria absoluta socialista.
O processo orçamental arrancou em 10 de outubro com a entrega pelo Governo da sua proposta, que na votação na generalidade foi aprovada com votos a favor apenas do PS e abstenção dos deputados únicos do PAN e do Livre, merecendo o voto contra dos restantes partidos.
Este ano os partidos bateram o recorde de propostas de alteração apresentadas e desde segunda-feira foram votadas mais de 1.800, tendo a grande maioria das medidas sugeridas pela oposição acabado por ser chumbada pelo PS.
Os ‘campeões’ das medidas viabilizadas foram o Livre e o PAN – juntos conseguiram cerca de meia centena -, os únicos que mantiveram negociações com o Governo. Já o PSD, a IL, o PCP e o BE conseguiram, no total, luz verde para menos de 20 alterações, tendo o Chega sido o único que ficou a zeros.
O conjunto de alterações terá um impacto orçamental pouco significativo, ao contrário do que acontecia no período da 'geringonça’, em que o PS dependia dos parceiros à esquerda para fazer passar os orçamentos.
Os partidos de oposição criticaram o “rolo compressor” da maioria absoluta do PS, considerando que, ao chumbar grande parte dos contributos da oposição, não sairá da especialidade um orçamento melhor do que a versão inicial, uma ideia rejeitada pelo executivo, que reiterou a sua abertura negocial e recordou as medidas que foi aprovando.
Estas são as principais medidas incluídas no OE2023:
Lisboa e os Lisboetas é um podcast produzido pela MadreMedia que vai levá-lo a conhecer os recantos da nossa capital. Em cada episódio, o anfitrião José Sá Fernandes e um (ou mais) convidados dão juntos um passeio por uma zona de Lisboa e descobrem a sua história e as suas estórias. Neste episódio, passeamos com a advogada Carmo Afonso, do Bairro Alto a Santa Apolónia.
Mundial do Qatar
Quem joga hoje:
10h00 - País de Gales vs. Irão (Sport TV1)
13h00 - Qatar vs. Senegal (Sport TV1)
16h00 - Países Baixos vs. Equadr (RTP1 e Sport TV1)
19h00 - Inglaterra vs. EUA (Sport TV1)
A polémica:
Depois de um jogo frente a Inglaterra assinalado por protestos vindos das bancadas e dos jogadores, que não cantaram o hino do país, e que terminou com uma pesada derrota (6-2), para os iranianos, na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o País de Gales, o tema político - a violenta repressão das autoridades aos protestos alastrados a todo o país - foi colocado de parte tanto por Medhi Taremi, jogador do FC Porto, como pelo treinador português Carlos Queiroz.
Taremi disse que “o primeiro jogo não foi de futebol, por tudo o que o rodeou" e não queria falar nada além de futebol. Já Carlos Queiroz classificou como injustas as perguntas dirigidas aos jogadores iranianos, normalmente dirigidas ao momento que o país atravessa e não ao torneio. Queiroz chegou, inclusive, a ter uma conversa com uma jornalista da BBC, no fim da conferência devido a este tema.
Já hoje de manhã, antes do encontro com o País de Gales, os futebolistas iranianos, que decidiram ficar em silêncio no jogo inaugural no Mundial2022, já cantaram o hino do país.
Também é notícia:
A frase:
"Foi mais uma à portuguesa, a sofrer" (João Félix no final do Portugal vs. Gana)
Opinião
Manuel Cardoso tira a temperatura ao jogo de Portugal frente ao Gana, na primeira crónica da rubrica "Mundialite Crónica".
Atualidade
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