O dia em que Portugal voltou a tremer
Edição por Beatriz Cavaca
Longe vai a memória dos grandes sismos sentidos em território continental, mas esta manhã muitos foram os que sentiram a terra a tremer em várias zonas do país.
Registado a Oeste de Sines, o sismo teve uma magnitude de 5.3 na escala de Richter e aconteceu a 21 km de profundidade, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
A Proteção Civil recebeu um elevado número de chamadas telefónicas, da zona do Alentejo até Coimbra. De acordo com José Miranda, não há registo de vítimas, nem danos de maior a esta hora.
O comandante da ANEPC indicou também que o abalo foi sentido na Área Metropolitana de Lisboa, mas com mais incidência na zona da Península de Setúbal.
O Governo emitiu um comunicado sobre o abalo e confirma que "não há registo de danos pessoais ou materiais até ao momento".
Mais tarde, na comunicação à população e à imprensa, decorrida a partir da sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, em Carnaxide, o comandante nacional da Proteção Civil, André Fernandes, adiantou que após o sismo de magnitude 5,3 registado às 5h11, deram-se mais três réplicas.
Pouco depois, o IPMA referiu que afinal foram quatro, com magnitudes de 1,2, de 1,1, de 0,9 e de 1,0 na escala de Richter. Esta é uma situação "perfeitamente normal" e que está a ser acompanhada pelas autoridades.
O SAPO24 preparou um conjunto de artigos sobre o tema, nomeadamente:
Até ao momento as reações políticas a registar foram do primeiro-ministro em exercício (devido às férias de Luís Montenegro), que afirmou que o sismo foi um teste real às capacidades de resposta no caso de uma catástrofe, destacando também a necessidade de se falar em estratégias de prevenção depois de uma reunião na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
“Aproveitamos a reunião (…) para olhar para isto como um teste real à nossa capacidade de resposta no caso de uma catástrofe real”, afirmou Paulo Rangel.
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros considerou também que o abalo sísmico permitiu verificar como os “meios estão ou não em prontidão”.
Já Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações esta manhã, realçou que não há danos "pessoais ou patrimoniais" a registar.
"As réplicas, ao contrário de outras circunstâncias e outros tempos, pareciam ter uma tendência decrescente, afastando portanto a especulação de réplicas de algum vulto, como foi uma réplica em 1969", disse ainda.
Quanto à capacidade de resposta, o presidente da República frisou que "só não foi mais rápida porque a Proteção Civil tinha de validar as informações" entre as 5h11 e as 5h50.
Marcelo sublinhou a coordenação entre as autoridades referindo que o “primeiro-ministro em funções comunicou à Presidência da República muito poucos minutos depois de ter sabido e muito poucos minutos depois de ter ocorrido o sismo e decidiu imediatamente fixar a reunião” inicialmente agendada para as 9h00 e posteriormente adiada para as 10h00.
Também o autarca da capital, Carlos Moedas, disse hoje que “só 10%” dos edifícios da capital precisam de reforço antissísmico, sublinhando que o município está a fazer uma avaliação há dois anos.
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