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Newsletter diária • 19 set 2022

 
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O funeral do século

 
 

Por Inês F. Alves

Ao fim de dez dias, a família real, o Reino Unido e o mundo despedem-se de Isabel II, naquele que tem sido chamado de "funeral do século".

A razão é simples, trata-se do primeiro funeral de Estado no Reino Unido desde a morte de Winston Churchill, em 1965, e será a maior operação de segurança de sempre em Londres, com líderes de todo o mundo — cerca de 500 — e enormes multidões esperadas na capital britânica.

Paralelamente, 4,1 mil milhões, em todo o mundo, deverão assistir através das televisões e redes sociais, estimam alguns analistas.

Joe Biden (EUA), Emmanuel Macron (França), Jacinda Ardern (Nova Zelândia), Justin Trudeau (Canadá) são apenas alguns dos dignitários internacionais que marcam presença na cerimónia oficial religiosa, com cerca de 2.000 convidados. Portugal está representado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

O ponto alto do programa tem lugar no momento em que escrevo esta newsletter, mas as cerimónias fúnebres estendem-se ao longo de todo o dia. E o SAPO24 vai continuar a acompanhar ao minuto esta despedida aqui — num registo que pode ver em tempo real ou usar para recordar as homenagens, as imagens e as declarações de um dia histórico.

Num texto intitulado "Porque é que nos preocupamos com o que vem a seguir a Isabel II?", publicado no dia da morte da monarca britânica, Rute Sousa Vasco escrevia o seguinte:

"Isabel II conseguiu durante 70 anos ser o elemento constante naquilo que muda. E tanto mudou. O império britânico desmoronou-se, ergueu-se o muro de Berlim, derrubou-se o muro de Berlim, o império soviético desmoronou-se, dois aviões despenharam-se contra as Torres Gémeas, os Estados Unidos conduziram a Europa (e o Reino Unido em concreto) para a guerra do Iraque, a China cresceu, cresceu, cresceu. De um mundo onde poucos tinham telefone passámos ao de hoje onde o telemóvel é mais indispensável que a chave de casa; de uma sociedade ocidental onde os mais velhos é que sabiam, passámos a uma cultura em que são os jovens quem dita as regras. Aconteceu a chegada à Lua, a internet e agora estamos no metaverso".

"O dia em que nos deixa pode, por isso, ser um momento definidor na história da nação. Não seria o primeiro – as nações são pródigas em momentos definidores, mas num país que há seis anos deixou a Europa e boa parte do mundo em choque com a decisão se remeter a ser orgulhosamente só, há razões legítimas para preocupação. Não por causa do que Isabel II fez, mas porque não fazemos ideia de como tudo seria sem ela".

Ninguém sabe o que reserva o futuro, certo é que Lilibeth, como era carinhosamente chamada pelos seus mais íntimos, nos seus 70 anos de reinado, tornou-se uma figura incontornável do mundo que hoje conhecemos.

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