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Newsletter diária • 05 set 2021

 
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Portugal fecha Jogos Paralímpicos com duas medalhas

 
 

Edição por Abílio dos Reis

A missão portuguesa nos Jogos Paralímpicos Tóquio2020 chegou ao fim esta madrugada (em Lisboa) com a conquista de mais dois diplomas na maratona. No último dia dos Jogos, Odete Fiúza e Manuel Mendes terminaram nas sexta e oitava posições, respetivamente.

Feitas as contas, Portugal dá por terminada a competição com duas medalhas de bronze, conquistadas pelos campeões europeus Miguel Monteiro e Norberto Mourão, e 23 diplomas espalhados pelas oito modalidades com atletas lusos. Olhando meramente para o "medalheiro", a aritmética faz com que esta seja edição menos medalhada desde 1972.

No entanto, é preciso algum contexto. Leila Marques, chefe da missão lusa e ex-nadadora, lembrou que os resultados devem ser analisados tendo em conta o nível elevado dos outros países e de quem foi a Tóquio com a intenção de deixar uma marca. "Foram uns Jogos super competitivos, houve provas nas quais o recorde do mundo caiu várias vezes", disse.

Outro aspeto que também quis salientar é o facto de 17 dos 33 participantes da missão portuguesa serem estreantes — e mesmo assim serem estabelecidos oito recordes nacionais durante a prova. É por isto que a antiga nadadora considera que os "bons resultados obtidos por atletas estreantes na competição permitem olhar com esperança para o futuro".

Há sempre duas maneiras de analisar os dados. É a eterna questão de olhar para o copo meio cheio ou meio vazio. Por exemplo, olhar para esta participação em Tóquio e reparar que as duas modalidades com mais medalhas — o atletismo, com 54, e a boccia, com 24 — ficaram em branco neste capítulo; ou, por outro lado, olhar para a estreia do badminton no programa paralímpico, em que a benjamim da comitiva, Beatriz Monteiro, de apenas 15 anos, obteve um quinto lugar e foi a melhor europeia em prova (algo que é um excelente motivo para recordar o seu Questionário Olímpico).

"Os Jogos foram muito difíceis de preparar. Falamos de outro continente e de uma cultura muito particular. Além disso, a questão da pandemia criou novos obstáculos, foi preciso planear quase dia a dia, e fazer alterações de última hora", explicou Leila Marques.

Ainda assim, a chefe da missão portuguesa, mesmo com todas estas nuances, explica que Portugal sai destes Jogos "satisfeito" e considera que os resultados obtidos são "de relevo". Agora, é tempo de apontar baterias a Paris. Onde garante que será diferente, desde logo a começar com a parte da logística e pelo apoio da comunidade portuguesa.

A comitiva lusa parte amanhã para Portugal e está previsto que aterre no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, um dia depois. Mas antes disso, o canoísta Norberto Mourão será o porta-estandarte da bandeira nacional na cerimónia de encerramento, a ter lugar este domingo, no Estádio Nacional de Tóquio.

 
 
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