“Saímos satisfeitos, conseguimos duas medalhas, 23 diplomas e oito recordes nacionais. São resultados de relevo”, afirmou a Leila Marques, destacando o facto de entre os 33 atletas 17 serem estreantes.

A antiga nadadora considerou que os “bons resultados obtidos por atletas estreantes na competição permitem olhar com esperança para o futuro” e pensar na renovação do desporto adaptado.

“A renovação tem sido uma preocupação crescente do Comité Paralímpico de Portugal”, assumiu, lembrando que “muitas vezes, as pessoas nem sempre chegam jovens ao desporto adaptado, pois em alguns casos começam a praticá-lo já com alguma idade, após infortúnios”.

Após a edição menos medalhada de Portugal desde 1972, Leila Marques lembrou que os resultados dos Jogos Tóquio2020 devem ser analisados tendo em conta o nível cada vez mais elevado da competição: “Foram uns Jogos super competitivos, houve provas nas quais o recorde do mundo caiu várias vezes.”

A chefe da missão portuguesa aos Jogos Tóquio2020, nos quais Portugal esteve representado em oito modalidades, estreando-se na canoagem e no badminton, admitiu ter sido “muito difícil preparar a competição”

“Os Jogos foram muito difíceis de preparar. Falamos de outro continente e de uma cultura muito particular. Além disso, a questão da pandemia criou novos obstáculos, foi preciso planear quase dia a dia, e fazer alterações de última hora”, explicou.

Leila Marques acredita que os Jogos Paris2024 “vão ser totalmente diferentes e bastante mais simples em termos de logística” e lembra que em França a equipa nacional “vai contar com muito apoio da comunidade portuguesa”.

O contrato de preparação para os Jogos Paris2024 ainda está a ser trabalhado, mas, segundo Leila Marques, que é uma das vice-presidentes do Comité Paralímpico de Portugal (CPP), há abertura governamental para continuar a apoiar o desporto paralímpico.

“Temos sinais muito positivos por parte do Governo, há uma intenção clara de continuar a trabalhar na equidade e continuar a apoiar o desporto paralímpico”, afirmou.

O contrato-programa de preparação para os Jogos Tóquio2020 celebrado entre o CPP e o Governo, tem um valor global de 6,1 milhões de euros, verba que superou em cerca de 3,1 milhões a disponibilizada para o Rio2016.

Durante o ciclo paralímpico que agora termina, as bolsas e o valor dos prémios atribuídos aos atletas paralímpicos foi equiparado ao dos atletas olímpicos.

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