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Newsletter diária • 07 jun 2020

 
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Vasculhando o PEES

 
 

Edição por Abílio dos Reis

O que neste sábado à noite foi publicado em Diário da República não constitui uma novidade em si, até porque o PEES (Programa de Estabilização Económica e Social) foi aprovado na quinta-feira em Conselho de Ministros e apresentado à nação por António Costa no mesmo dia. Contudo, é agora possível saber em detalhe a origem do financiamento daquilo que pode ser considerado “a bazuca à portuguesa”.

Os programas surgem como resposta à crise que adveio da pandemia e há três grandes áreas que o executivo de António Costa virou a sua atenção: emprego, saúde e habitação. Os pontos essenciais podem revistos aqui.

No documento, é referido que “se num primeiro momento o objetivo consistiu em controlar a pandemia sem matar a economia, importa agora retomar a economia sem descontrolar a pandemia”. Feita análise ao mesmo, é possível dar conta quanto é que cada setor vai receber e em que nomeada.

Por exemplo, as medidas para reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS) este ano rondam os 100 milhões de euros e está prevista a contratação de quase 3.000 profissionais de saúde até dezembro, para aumentar a capacidade de resposta do SNS nas suas diferentes dimensões.

A nível do emprego, é indicado que há a intenção de que 25% dos funcionários públicos estejam em regime de teletrabalho até final da legislatura. Para tal, o Governo prevê investimento público de 4,4 milhões de euros nesta área — salientando que a pandemia só veio acelerar algo que já estava previsto.

Por seu turno, cerca de  20 milhões de euros serão canalizados para o “lançamento ou desenvolvimento de rotas aéreas de interesse turístico para Portugal”. Isto é, divulgar a oferta turística nacional mediante campanhas de marketing.

O programa informa que o Governo estima uma queda do PIB de 6,9% este ano e um crescimento de 4,3% em 2021. Paralelamente, o executivo espera uma taxa de desemprego de 9,6% em 2020 e de 8,7% no ano seguinte.

O próximo passo será dado na próxima terça-feira quando o Governo levar a votação a proposta de revisão do Orçamento do Estado de 2020, o chamado “Orçamento Suplementar”. O que já se sabe sobre o dito, ponto por ponto, poderá ser consultado aqui.

Todavia, o documento não está isento de críticas. E, hoje, dia em que o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, consagrou o regresso do partido aos comícios, em Lisboa, no parque Eduardo VII, desferiu um golpe no programa e teceu uma crítica severa ao PEES: não há nada que indique ou faça referência a uma proibição dos despedimentos. Por isso, não tem ilusões quanto à sua eficácia no "curto prazo".

 
 
Diogo Faro
 
 

Esta semana partilhei um comentário que um senhor no Twitter tinha feito sobre mim. Copiei para aqui exatamente como o original, incluindo aquela agoniante vírgula entre o sujeito e o predicado, provavelmente a pior parte da mensagem. Continuar a ler

 
 
 
Marco Neves
 
 

Hoje é domingo, mas vamos à escola: começo nas saudades que o meu filho sente e termino na invenção da palavra «escola». Continuar a ler