A resolução do Conselho de Ministros que aprova este programa foi publicada no sábado à noite no suplemento do Diário da República e inclui as previsões do Governo para 2020 e 2021, que não tinham sido apresentadas na quinta-feira, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do executivo.
"Em virtude do efeito das medidas de apoio ao emprego adotadas [no âmbito da pandemia da covid-19], estima-se que a redução no emprego seja significativamente inferior à redução do PIB", lê-se nas explicações que acompanham o quadro macroeconómico.
Em 2019, a taxa de desemprego foi de 6,5%, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) citados no documento.
O cenário macroeconómico traçado pelo Governo indica também que a capacidade de financiamento da economia portuguesa deverá permanecer positiva em 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, uma redução de 0,5 pontos percentuais em relação a 2019 (0,8%). No próximo ano, deverá ser de 0,6% do PIB.
A descida é justificada com a "redução esperada no saldo da balança de bens e serviços", segundo o executivo, acrescentando que "a balança de capital deverá continuar a contribuir positivamente para a capacidade de financiamento da economia".
O Governo apresenta na terça-feira a proposta de orçamento suplementar deste ano.
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