Edição por Pedro Soares Botelho
A gente põe-se a caminho e, mal sobe a bordo, quase sente logo o cheiro a casa. Entra-se no Oriente e já se ouve o apitar do metro em Campanhã, apressado a avisar a entrada. Uma pessoa senta-se no lugar e espera chegar ao destino — ignorando a distância e o caminho.
E, depois, vai embater numa máquina e fica ali perdido em Soure, Coimbra. José Pereira, 73 anos, vinha de Lisboa à espera de chegar a Vila do Conde. Estava sentado, com a mulher e o neto, na carruagem seis do Alfa Pendular, a joia da ferrovia portuguesa, o mais veloz, mais qualificado dos comboios.
Veio o embate: “só se via as malas a cair e os ferros a rebentar”. José agarrou-se ao neto. Saíram os três praticamente ilesos.
Morreram duas pessoas, dois funcionários do VCC — Veículo de Conservação de Catenária — da Infraestruturas de Portugal (ex-REFER), que pereceram a norte da estação de Soure. São as duas únicas vítimas mortais de um acidente ainda não entendido que fez 43 feridos, sete dos quais em estado grave, num total de 214 pessoas envolvidas no acidente ferroviário.
Pedro Nuno Santos, o ministro das Infraestruturas, garante que a ferrovia é segura. E o resultado do acidente mostra-o: a violência do embate foi tolerada pelo Alfa, onde não morreu ninguém. Apesar da destruição, provada pelas imagens, apesar dos ferimentos, a tragédia não foi tão grave quanto outras que, em passados antigos, os caminhos de ferro portugueses já tiveram a infelicidade de conhecer.
Mas duas mortes são sempre duas mortes. Dois trabalhadores cuja vida terminou a meio da linha, por causa de um acidente que tem agora de ser esclarecido. Porque a ferrovia portuguesa está dotada de tecnologia que devia evitar precisamente este tipo de coisas. Não evitando, falhou. E essa falha, seja de quem (ou do quê) a responsabilidade, custou duas vidas.
Atualidade
Graça Fonseca foi entrevistada no Jornal da Uma da SIC no final de uma semana em que se intensificaram as críticas à forma como o Ministério da Cultura tem dado resposta à forma como os agentes culturais são afetados pela pandemia. A ministra defendeu o trabalho feito e disse ter condições para continuar.
Atualidade
A percentagem da população portuguesa com anticorpos (seroprevalência) ao coronavírus SARS-Cov-2 é estimada em 2,9%, um valor inferior ao necessário para alcançar uma potencial imunidade de grupo, revelam os resultados preliminares do Inquérito Serológico Nacional Covid-19 hoje divulgados.
Atualidade
O Vietname estava a ser conhecido mundialmente pela boa gestão do novo coronavírus – até agora. Passados quase 100 dias sem sinais de infeções, um novo surto está a espalhar-se. Com a morte de um cidadão, deixa de ser o maior país do mundo sem mortes por coronavírus. Especialista acredita que o vírus foi “importado” de outro país, mas há quem aponte que os cidadãos já não tomavam precauções.
Atualidade
Uma catedral bizantina, uma mesquita, um museu e agora novamente uma mesquita. Hagia Sofia tem tido várias vidas ao longo dos séculos e, entre elas, uma coisa costuma passar despercebida: as suas características acústicas. Como soariam os cânticos na basílica? Na Califórnia tiram-se as dúvidas e volta a ouvir-se Istambul — virtualmente.
Vida
São um nome bem conhecido dos bares da baixa de Albufeira. Um cartão de visita que os leva pelo mundo. Por causa da covid-19, este verão começaram a tocar também em restaurantes. Estão juntos há quatro anos e dão 300 "concertos" por ano. Tiago canta e foi finalista do Got Talent Portugal. Pedro jogou à bola antes de começar a cantar, tocar e a fazer da música vida. São os The Brothers.