Rute Sousa Vasco, jornalista e publisher da MadreMedia. Iniciou o percurso como jornalista no jornal Público, foi editora da Revista Exame, diretora da Revista Ganhar do Jornal de Negócios e diretora de conteúdos do Portal SAPO. É co-autora e produtora do programa The Next Big Idea em exibição na SIC Notícias desde 2012. Escreveu dois livros, “A sorte dá muito trabalho" (2012) e “Banco bom, banco mau” (2014).
Joaquim Pina Moura. Joaquim Ferreira do Amaral. Jorge Coelho. José Luís Arnaut. Mário Lino. Miguel Cadilhe. Manuel Pinho. Miguel Beleza. António Mexia. Luís Campos e Cunha. Sérgio Monteiro. E agora Maria Luís Albuquerque.
Somos hoje uma sociedade de insatisfeitos, de excluídos e de lesados. E, quais ratinhos na roda, parece que não conseguimos sair do mesmo sítio, por muito que todos os sinais nos apontem para uma provável dissonância cognitiva entre o que sabemos e o que fazemos. A forma como decidimos quem é ou não
Não sou fã de concursos, nunca acreditei na sorte ao jogo e talvez por isso não senti qualquer emoção forte quando, a 6 de fevereiro de 2014, o Governo de Passos Coelho aprovou a criação de um sorteio chamado "Fatura da Sorte" com a finalidade de "valorizar e premiar a cidadania fiscal dos contribui
Fazer rir é difícil. É muito mais difícil do que fazer chorar. Fazer humor é, por inerência, mais difícil do que fazer drama e em Portugal é ainda mais difícil. Desde a falta de inteligência até ao excesso de preconceitos, vale quase tudo para que vingue o grande desígnio da nação que é, continua a
Não é um trocadilho fácil – apesar de a tentação ser grande. Mas não é esse o móbil. Na tarde de ontem, quinta-feira, a Assembleia da República discutiu não um, mas quatro diplomas que visam defender a alheira. Não qualquer alheira, mas a alheira de Trás-os-Montes, cujo consumo tem sido afectado des
É uma grande sorte ou um enorme azar, é o que vos digo. Vários problemas da humanidade podiam resolver-se assim num piscar de olhos. Se pelo menos as estátuas, como a pintura e outras representações artísticas, colaborassem. Há que pôr esta gente na ordem. Mas vamos por partes.
Das eleições presidenciais cuja campanha para a primeira ou única volta hoje termina, já se ouviu dizer muita coisa. Que são maçadoras, que são favas contadas, que são pitorescas, que não interessam para nada, que põem fim ao cavaquismo, que são plurais, que puxam pelas mulheres, que são uma fantoch
Desmonta-se a árvore de Natal, empacotam-se as bolas e as luzes, guardam-se as passas e o champanhe que possam ter sobrado do réveillon. Acabou-se o bolo-rei, mas a festa talvez ainda não.
Do Japão chegam ideias estranhas, modos de vida que não compreendemos e uma cultura que desafia os nossos cânones ocidentais. Os japoneses são aquele povo esquisito que nos dá sempre a impressão de estar entre a Idade Média e o século XXII. Mas desta vez há uma nova mania nacional no Japão que me ar
Em julho deste ano, o site de informação americano Huffington Post anunciou que, daí para a frente, passaria a integrar a informação sobre a campanha de Donald Trump na secção de entretenimento em vez da secção de política. Esta semana,Trump escolheu como uma das suas bojardas a proposta (?) para qu
Por acaso tem 45 mil milhões de dólares que não lhe façam falta? Se for o caso, saiba que pode comprar o futuro e de caminho não pagar mais impostos. Melhor é impossível.
O mérito é bom. A meritocracia é uma ideia de uma sociedade evoluída. Mas, como acontece em tantas outras situações, nada pior para estragar uma boa ideia – uma ideia com mérito – do que usá-la a pretexto de tudo e de nada e esquecê-la olimpicamente quando efectivamente deve ser invocada.
Lamento, mas não me lembro. O que felizmente me dispensa de manifestações exacerbadas sobre o perigo comunista ou sobre a reacção fascista. Sei o que aconteceu, li nos livros da História, acho que compreendi razoavelmente bem os factos e o contexto da época, mas, desculpem lá, estamos em 2015 e não
Ontem foi lançado o livro "O Independente – A máquina de triturar politicos", da autoria de Filipe Santos Costa e Liliana Valente. Pode parecer presunçoso, mas é claro que uma história destas tinha que ser contada por jornalistas. Porquê? Porque faz falta ter sentido, nem que seja uma vez na vida, e
Começa de mansinho, como se fosse apenas mais uma. Não tarda e é uma balada e quase nos convence, pelo tom, de que se trata de um love affair, apenas mais um love affair, que, como todos os outros, pode acabar mal, mas também pode acabar bem.
A seguir à comunicação ao país do Presidente da República fiz um radar rápido às opiniões verbalizadas em sites e redes sociais. Uns acharam péssimo, outros acharam extraordinário. Tudo normal, a esquerda ficou mais irritada, a direita ficou mais aliviada (e vice-versa também, por incrível que possa
Esta foi, sem dúvida, uma semana em que o Twitter e o seu co-fundador, Jack Dorsey, estiveram nas bocas do mundo. É o terceiro regresso de Dorsey à companhia que fundou e ao serviço que inventou, e volta na mesma semana em que lança em Bolsa a sua segunda empresa, a Square, uma startup de pagamentos
Os russos bombardeiam a Síria, os americanos dizem que, por engano, os mísseis de Putin atingiram o Irão, a ONU quer um governo de união na Líbia e eu já tenho coisas combinadas.
Agora que já passaram 48 horas sobre o acto criador da nova realidade política em Portugal e umas horas depois de Cavaco ter apelado ao "tempo do compromisso", há duas ou três coisas que podíamos falar entre nós, eleitores e cidadãos portugueses.
Votar é tão século XX. O mais importante hoje é ser popular e o resgate da democracia é bem capaz de precisar de uma ajuda dos famosos. As celebridades, afinal, sabem bem quão importante é manter os fãs satisfeitos. A nossa vida é um grande concurso de talentos.
Já se choraram todas as lágrimas de crocodilo, já se fizeram as declarações mais pias de intenções, já se jurou sobre o que há de mais sagrado – o dinheiro, pois claro. Depois das perdas astronómicas que a crise financeira de 2008 arremessou à economia real – a das empresas, das famílias, das pessoa
De todas as cenas imperdíveis nas Aventuras de Tom Sawyer, uma é a master piece da psicologia invertida. Aquela em que Tom Sawyer é colocado de castigo pela tia Polly e obrigado a pintar o muro da casa. Rodeado de garotos de 11, 12 anos, o herói de Mark Twain não se deixa intimidar nem enfraquecer.