Na Catalunha, a situação é muito mais complexa do que parece à primeira vista e as habituais divisões entre esquerda e direita, que costumam ser usadas para explicar tudo, não se aplicam neste caso.
O presidente catalão, Carles Puigdemont, insistiu que aplicará “o que diz a lei” catalã do referendo, suspensa pelo Tribunal Constitucional, que prevê a declaração da independência após o anúncio dos resultados oficiais do referendo de 01 de outubro.
O presidente do governo catalão criticou hoje o "uso injustificado, irracional e irresponsável da violência por parte do Estado espanhol", que o "envergonhará para sempre", mas "não deterá o desejo dos catalães de poder votar pacífica e democraticamente".
O último líder político que proclamou a independência da Catalunha, Lluis Companys, acabou fuzilado, pelos homens de Franco, na fortaleza no parque natural de Montjuic, em Barcelona. Aconteceu em 1940. A rebeldia catalã foi punida pela ditadura da Castela franquista com total supressão de autonomia.