Acompanhe toda a atualidade informativa em 24noticias.sapo.pt

De acordo com o Banco de Portugal, é comum surgirem burlas em que os autores se fazem passar por representantes de empresas que alegadamente geram investimentos em criptoativos, ou até por entidades que dizem ajudar a recuperar fundo perdidos. O objetivo é sempre o mesmo, convencer o utilizador a investir dinheiro que nunca voltará a ver. "Não caia na armadilha", reforça o BdP.

O que são os criptoativos? 

Os criptoativos, também designados por ativos virtuais, são representações digitais de valores ou direitos que podem ser transferidos e armazenados eletronicamente. Exemplos conhecidos são Bitcoin, Ethereum ou PAX Gold. 

Embora possam ser usados para realizar pagamentos, não têm curso legal em Portugal, o que significa que ninguém é obrigado a aceitá-los como pagamento. Além disso, não são garantidos pelo Banco de Portugal, nem por qualquer outra autoridade nacional ou europeia.

Outro ponto a ter em conta é a volatilidade extrema destes ativos. O valor pode variar de forma abrupta e, em caso de desvalorização, não existe qualquer fundo que cubra perdas. Em última análise, é o investidor quem suporta todo o risco. Como sublinha o Banco de Portugal, "o detentor de ativos virtuais pode perder grande parte ou a totalidade do capital investido".

O Banco de Portugal deixa dicas para evitar armadilhas:

  1. Desconfiar de conselhos financeiros online. Adotar uma postura crítica face à informação que circula na internet. Muitos conteúdos, incluindo testemunhos e anúncios, são manipulados. Não se deve responder a mensagens não solicitadas e evitar partilhar dados pessoais com contactos desconhecidos.
  2. Se parece bom demais para ser verdade, provavelmente não é verdade. Ofertas que prometem ganhos rápidos e elevados são um sinal clássico de fraude os criptoativos, pela sua complexidade, são frequentemente usados neste tipo de esquemas. Deve-se estar bem informado sobre o produto antes de investir e esclarecer todas as dúvidas.
  3. Confirmar sempre a credibilidade da entidade. Antes de investir, verificar se a empresa é real e tem presença legítima. Desconfiar se não se encontrar morada, contacto telefónico ou informação legal. A maioria das entidades que comercializa ativos virtuais não está sediada em Portugal, o que dificulta qualquer tentativa de resolução de conflitos

O Banco de Portugal lembra ainda que não existe supervisão sobre a solidez destas entidades, nem sobre a veracidade das informações que prestam aos clientes.

Para maior segurança, consulte se a empresa consta de alertas oficiais das autoridades de supervisão, como o site da Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados (ESMA).

Em caso de dúvida ou fraude: nunca partilhe dados pessoais sem verificar a legitimidade do pedido, contacte de imediato o seu banco ou prestador de serviços de pagamento se detetar movimentos suspeitos na sua conta e denuncie a fraude à PSP, GNR, Polícia Judiciária ou ao Ministério Público.

__

A sua newsletter de sempre, agora ainda mais útil

Com o lançamento da nova marca de informação 24notícias, estamos a mudar a plataforma de newsletters, aproveitando para reforçar a informação que os leitores mais valorizam: a que lhes é útil, ajuda a tomar decisões e a entender o mundo.

Assine a nova newsletter do 24notícias aqui.