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O estudo avaliou mulheres entre um e cinco anos após a cirurgia, analisando níveis de atividade física, força de preensão manual e volume dos membros superiores através de acelerometria, dinamometria e medições perimétricas. Apesar de a atividade física não ter mostrado uma relação direta com o desenvolvimento de linfedema, os resultados evidenciam fatores que influenciam significativamente o risco: índices mais elevados de massa corporal (IMC) e menor força do membro afetado.

Verificou-se que 50% das participantes apresentavam excesso de peso e que mais de metade tinha força de preensão inferior à recomendada. Estes dois fatores demonstraram impacto relevante: cada unidade adicional de IMC associou-se a um aumento médio de 8,6 cm³ no volume do braço afetado. Além disso, maior força muscular do membro afetado correspondia a menores diferenças de volume e, portanto, menor risco de linfedema.

“Estes resultados sugerem que, embora o exercício físico não previna diretamente o linfedema, pode desempenhar um papel protetor indireto ao contribuir para o controlo do peso e a manutenção da força muscular – ambos determinantes para a redução do risco de complicações pós-tratamento”, afirmam os investigadores, em comunicado.

O linfedema, caracterizado pela acumulação anormal de líquido no braço após tratamentos que envolvem a remoção de gânglios linfáticos, continua a ser uma das complicações mais frequentes e incapacitantes entre sobreviventes de cancro da mama. Monitorizar variáveis simples, como IMC e força de preensão manual, pode ajudar a identificar precocemente mulheres em maior risco e orientar intervenções preventivas mais personalizadas.

A Egas Moniz reforça o seu compromisso com a investigação científica e a promoção da saúde feminina, destacando o papel crucial da reabilitação física e dos estilos de vida ativos na recuperação e qualidade de vida das sobreviventes.

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