Segundo o diário, Taciano Alfredo Teixeira Correia foi detido no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, no momento em que regressava a casa para gozar um período de férias.

O oficial estava colocado desde dezembro de 2018 na República Centro Africana como coordenador de missão.

O coronel liderava a investigação criminal da GNR à data do furto de Tancos e é suspeito de ter autorizado participação da GNR na encenação para a recuperação do arsenal, através dos militares do Núcleo de Investigação Criminal de Loulé.

Escreve o jornal Público que o coronel Taciano Correia foi já presente a juiz para primeiro interrogatório judicial e que se aguarda agora a comunicação relativa às medidas de coação.

O furto de material militar dos paióis de Tancos - instalação entretanto desativada - foi revelado no final de junho de 2017. Entre o material furtado estavam granadas, incluindo antitanque, explosivos de plástico e uma grande quantidade de munições.

Quase três meses após a divulgação do furto das armas, a Polícia Judiciária Militar revelou o aparecimento do material, na região da Chamusca, a 20 quilómetros de Tancos, em colaboração com elementos do núcleo de investigação criminal da GNR de Loulé.

O processo de recuperação do material militar levou a uma investigação judicial, por suspeitas de associação criminosa, tráfico de armas e terrorismo no furto do armamento e durante a qual foram detidos o agora ex-diretor da PJM Luís Vieira e o ex-porta-voz da PJM Vasco Brazão e três militares da GNR, num total de oito militares.

Mais tarde, o ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes foi também constituído arguido no inquérito.