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Temperaturas extremas estão a bater recordes em várias regiões da Europa, provocando incêndios florestais de grande dimensão e intensificando os alertas de saúde pública, escreve o The Guardian.

As medições preliminares apontam para valores sem precedentes em países como França, Croácia, Itália e Espanha, enquanto a destruição por fogos florestais no continente já aumentou 87% em relação à média das últimas duas décadas.

No sudoeste de França, cidades como Angoulême, Bergerac, Bordéus, Saint-Émilion e Saint-Girons registaram, na segunda-feira, máximas até 12°C acima da média das últimas décadas. Cerca de 40% das estações meteorológicas marcaram valores acima dos 40°C.

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Na Croácia, as cidades costeiras de Šibenik e Dubrovnik bateram recordes, com 39,5°C e 38,9°C, respetivamente. A elevada temperatura, associada a vegetação seca, alimentou incêndios que se alastraram não só ao território croata, mas também a países vizinhos dos Balcãs.

Em Itália, 16 das 27 maiores cidades foram colocadas sob alerta vermelho devido ao calor extremo. Entre as vítimas, registou-se a morte de uma criança de quatro anos por golpe de calor. Em Espanha, um homem faleceu num incêndio, depois de sofrer queimaduras em 98% do corpo. Embora o número de recordes absolutos não tenha sido elevado nestes países, especialistas alertam para a duração e a abrangência da onda de calor, que mantém temperaturas persistentemente altas.

Os cientistas descrevem uma combinação de fatores climáticos — calor intenso, ventos fortes e baixa humidade — como um verdadeiro “cocktail molotov” para a propagação de fogos. Segundo dados da União Europeia, mais de 400 mil hectares já arderam este ano, muito acima da média para esta altura. O risco de incêndio mantém-se “extremo a muito extremo” em grande parte do continente, com “perigos particularmente severos” no sul.

Mas a onda de calor não se limita ao continente europeu. No Canadá, dezenas de recordes térmicos foram ultrapassados. No Iraque, temperaturas acima dos 50°C foram apontadas como causa de um apagão nacional. Até mesmo o Círculo Polar Ártico registou valores inéditos este verão, com temperaturas acima dos 30°C em países nórdicos.