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Newsletter diária • 04 mar 2022

 
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O dia em que o mundo "escapou a uma catástrofe nuclear"

 
 
  • A central nuclear ucraniana de Zaporizhzhia, a maior do género na Europa, foi tomada pelas forças russas na sexta-feira. As forças russas bombardearam a central, durante a madrugada, onde deflagrou um incêndio, que, entretanto, foi extinto pelos bombeiros. As autoridades ucranianas garantiram que os seis reatores de Zaporizhzhia não foram afetados e que o incêndio atingiu apenas um edifício e um laboratório do local.
  • Os Estados Unidos condenaram no Conselho de Segurança da ONU o ataque russo à central nuclear, classificando-o como "uma enorme ameaça para toda a Europa e o mundo", enquanto a Rússia rejeitou qualquer responsabilidade. “Graças a Deus, o mundo escapou a uma catástrofe nuclear” durante a noite, disse a embaixadora norte-americana na ONU, Linda Thomas-Greenfield, descrevendo o ataque russo como “irresponsável” e “perigoso”.
  • Estes ataques a centrais nucleares são contra as normas internacionais e uma grande irresponsabilidade, condenou hoje a responsável dos Assuntos Políticos da ONU, Rosemary DiCarlo.
  • A responsável das Nações Unidas sublinhou que os ataques a centrais nucleares violam a lei humanitária internacional e instou as partes a trabalhar com a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) para garantir a segurança daquela unidade de produção e a permitir que os funcionários dessa agência viajem para a Ucrânia para trabalhar com os reguladores.
  • Quarenta e sete pessoas morreram nos bombardeamentos russos à cidade ucraniana de Chernihiv, no norte do país, segundo o último balanço oficial das autoridades regionais.
  • A cidade ucraniana de Mariupol não tem água, aquecimento ou eletricidade e está a ficar sem comida, depois de ter sido atacada pelas forças russas durante os últimos cinco dias, segundo informou presidente da câmara num apelo televisivo, no qual apelou à criação de um corredor humanitário para evacuar os civis da cidade portuária.
  • Na conferência de imprensa após a reunião do Conselho do Atlântico Norte, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse temer que “os dias vindouros sejam piores” na Ucrânia, devido à guerra causada pela invasão russa, mas salientou que a NATO era uma "aliança defensiva" e que não procurava uma guerra com a Rússia. O secretário-geral disse ainda temer que a Rússia avance para outros países da Aliança, tendo apontado a Geórgia ou a Bósnia-Herzegovina.
  • O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, sugeriu que, “olhando para o mapa das operações russas” na Ucrânia, a Moldávia é a “preocupação mais instante” em termos de uma eventual agressão militar da Rússia a outros países.
  • Augusto Santos Silva assegurou ainda que a lista de sanções da UE à Rússia será "certamente" alargada em breve. O ministro especificou que os 27 têm em mente “novas medidas de isolamento da Rússia nas organizações internacionais, designadamente nas instituições financeiras multilaterais” e “o alargamento da lista de personalidades russas ligadas à oligarquia e ao regime a serem sancionadas”.
  • O parlamento russo aprovou uma lei que impõe uma pena de prisão até 15 anos por divulgar intencionalmente informações "falsas" sobre as forças armadas. Este novo diploma, já levou o jornal independente russo Novaïa Gazeta, cujo editor foi galardoado o ano passado com o prémio Nobel da Paz, a anunciar a remoção de conteúdos sobre a invasão para evitar sanções.
  • A BBC está a suspender temporariamente o trabalho de todos os seus jornalistas e pessoal na Rússia. O diretor-geral da BBC, Tim Davie, afirmou que esta nova legislação parecia "criminalizar o processo do jornalismo independente".
  • O regulador da comunicação dos media russos, Roskomnadzor, informou que tinha decidido bloquear o acesso à rede do Facebook na Rússia, acrescentando que tinha havido 26 casos de discriminação contra os meios de comunicação social russos pelo Facebook desde outubro de 2020. Desde então, têm sido reportados bloqueios de outras redes como youtube ou Twitter.
  • Mais de 1,2 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia desde o início da invasão russa, no dia 24 de fevereiro, de acordo com um novo balanço apresentado hoje pelo Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR). Apesar dos números aumentarem significativamente todos os dias, as autoridades ucranianas e a ONU anteveem que o fluxo de refugiados irá intensificar-se ainda mais nos próximos dias, já que o exército russo está a concentrar as suas manobras militares nas principais cidades da Ucrânia.
  • O Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou, por esmagadora maioria – apenas a Rússia e a Eritreia votando contra – , uma resolução para a criação de uma comissão de investigação sobre as violações de direitos humanos cometidas na sequência da invasão russa da Ucrânia.
 
 
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