A cerimónia de entrega dos prémios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas promete colar ao ecrã milhões de pessoas esta madrugada com a expetativa de saber o final desta mítica frase: "E o Óscar vai para..."
Sem um anfitrião principal em 30 anos de cerimónia, a 91.ª edição dos Óscares promete novidades e, claro está, muito que comentar.
Assim, o SAPO24 acompanha a cerimónia ao minuto com a ajuda dos humoristas Pedro Durão (um dos protagonistas do espetáculo de stand-up Roda Bota Fora) e Pedro Silva (coautor do podcast sobre cultura pop Private Joke), que comentarão as incidências, polémicas e discursos da cerimónia… com humor.
Depois, a dupla segue noite fora a comentar a cerimónia, algo que poderá a acompanhar no liveblog do SAPO24 que começa logo em seguida.
E não faltará, certamente, tema. Nas últimas semanas, muito se discutiu sobre os contornos da cerimónia, num ano em que "Roma", de Alfonso Cuarón, e "A Favorita", de Yorgos Lanthimos, lideram as nomeações, em dez categorias.
Com transmissão em direto para 225 países (será já na madrugada de segunda-feira em Portugal), a festa do cinema, com produção de Donna Gigliotti e Glenn Weiss, promete algumas inovações.
No início deste mês, a academia anunciou que a cerimónia decorrerá sem apresentador principal, depois de o comediante Kevin Hart ter renunciado ao convite quando confrontado com declarações homofóbicas feitas no passado.
A organização garantiu ainda que não haverá atribuição de prémios durante os intervalos comerciais da transmissão televisiva, contrariando o que foi sendo anunciado nas últimas semanas de que algumas categorias, nomeadamente de direção de fotografia e montagem, seriam relegadas para segundo plano.
Entre a longa lista de personalidades convidadas estão o 'chef' espanhol José Andrés, a tenista norte-americana Serena Williams e a cantora Barbra Streisand, o músico Tom Morello, o apresentador Trevor Noah e o congressista John Lewis. Javier Bardem, Helen Mirren, Pharrell Williams, Michael B. Jordan e Whoopi Goldberg também foram convocados.
Sabe-se ainda que todos os nomeados para o Óscar de melhor canção vão atuar na cerimónia, exceto o rapper Kendrick Lamar com a cantora SZA, que já não irão interpretar o tema "All the stars", do filme "Black Panther", alegando razões "logísticas e de tempo".
Quanto aos prémios, o realizador mexicano Alfonso Cuarón e o grego Yorgos Lanthimos estão em destaque pelo número de nomeações com os filmes que assinam.
Esta é a primeira vez que uma produção da plataforma Netflix, "Roma", está nomeada para melhor filme.
O filme está ainda indicado em simultâneo para melhor filme estrangeiro, fotografia (de Alfonso Cuarón) e elenco feminino, com as atrizes Marina de Tavira e Yalitza Aparicio.
"A favorita", de Yorgos Lanthimos, está indicado para melhor filme, realização e elenco feminino, com Olivia Colman, Emma Stone e Rachel Weisz.
Assim, para o Óscar de melhor filme foram selecionados "Roma", "A Favorita", "Black Panther", "BlacKkKlansman - O inflitrado", "Bohemian Rhapsody", "Green Book - Um guia para a vida", "Assim nasce uma estrela" e "Vice".
Na categoria de melhor realização estão nomeados - pela primeira vez - Spike Lee ("BlacKkKlansman - O inflitrado"), Yorgos Lanthimos e Pawel Pawlikowski ("Guerra fria"), aos quais se juntam Alfonso Cuarón e Adam McKay ("Vice").
Tal como "Roma", destaque ainda para o facto de "Guerra fria", do polaco Pawel Pawlikowski, estar nomeado para melhor filme estrangeiro.
"Assim nasce uma estrela" segue com oito nomeações e, embora assinale a estreia de Bradley Cooper na realização, falha o prémio nesta categoria. A cantora Lady Gaga foi nomeada pela prestação neste 'remake' e "Shallow" é candidato ao Óscar de melhor canção.
Com sete nomeações, sobretudo em categorias técnicas, está "Black Panther", de Ryan Coogler, a primeira produção de super-heróis da Marvel a ser nomeada para melhor filme.
Da lista de nomeados, destaque ainda para o documentário "Free Solo", de Jimmy Chin e Elizabeth Chai Vasarhelyi, produzido pela National Geographic e que conta com dois portugueses na equipa de som.
Joana Niza Braga e Nuno Bento, ambos de 27 anos, são, respetivamente, ‘foley mixer’ e ‘foley artist’ do documentário, assumindo a criação de sons que por vezes não são captados nas rodagens, sendo acrescentados na pós-produção.
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