A candidata Democrata Kyrsten Sinema ganhou hoje o lugar no Senado pelo Arizona, tornando-se a primeira mulher naquele posto, após um prolongamento de contagem de votos numa eleição renhida das intercalares nos EUA.

A disputa entre Kyrsten Sinema e a candidata Republicana Martha McSally era uma das eleições mais observadas e a diferença de resultados era tão curta que obrigou a uma contagem lenta dos votos, que apenas terminou segunda-feira à noite (madrugada de hoje em Lisboa).

Uma semana após as eleições intercalares nos EUA, os votos ainda estão a ser contados em vários Estados.

Em casos como o da Florida, onde ainda estão em aberto os resultados para as duas câmaras de Congresso, foi mesmo decidida uma recontagem de votos, que ainda decorre e deverá prolongar-se durante mais alguns dias.

À medida que a contagem de votos continua, fica claro que os Democratas solidificam a vantagem para a Câmara de Representantes e que, no final, os Republicanos manterão o controlo do Senado, mas por uma margem estreita.

“Ao longo da última semana, passámos de ter ficado aliviados por ganhar a Câmara de Representantes para ficar muito satisfeitos por uma onda genuína, progressiva e inspiradora, de vitórias Democratas”, afirmou Ben Wikler, diretor do grupo MoveOn, associado ao Partido Democrata.

Os bons resultados dos Democratas, para a Câmara de Representantes e para os Governos estaduais, terminam o monopólio Republicano em Washington e dão mais força aos Democratas em Estados considerados fundamentais para as próximas eleições presidenciais, em 2020.

Contudo, os dirigentes Republicanos desvalorizam esta leitura, salientando a vitória para o Senado, bem como a manutenção de alguns bastiões conservadores.

“Graças ao apoio dos movimentos a favor de Donald Trump e à estratégia do nosso partido, conseguimos desafiar a História e conseguir ganhos importantes no Senado”, disse a líder do Comité Nacional do Partido Republicano.

A principal preocupação de Donald Trump é a maioria Democrata na Câmara de Representantes, lugar estratégia das agendas legislativas dos partidos, onde as mais recentes projeções indicam que o Partido Democrata pode ganhar até 40 lugares, quando todos os votos estiverem contados (muito acima dos 23 lugares de que necessitavam para ficar em vantagem na câmara baixa do Congresso).