A temperatura média do ar à superfície atingiu 16,60 ºC, o que corresponde a +0,49 ºC acima da média de 1991-2020. Foi também o quinto mês, nos últimos 26, em que a anomalia face aos níveis pré-industriais ficou abaixo do limiar dos 1,5 ºC, com um valor de +1,29 ºC.

Na Europa

A temperatura média do ar foi de 19,46 ºC, cerca de +0,30 ºC acima da média.

Na Europa Ocidental, incluindo a Península Ibérica e o sudoeste de França, registaram-se as anomalias mais significativas, sobretudo devido a uma onda de calor prolongada. Pelo contrário, no norte da Europa – Fennoscandia, Países Bálticos e Polónia – os valores ficaram abaixo do normal.

Quanto à precipitação, grande parte da Europa Ocidental, Central e Meridional apresentou valores abaixo da média. O mesmo aconteceu no sul da Suécia, noroeste da Rússia e parte da Finlândia. Estas condições de seca, aliadas às ondas de calor, favoreceram a propagação de incêndios florestais na Península Ibérica e na Grécia. Já regiões como o nordeste de Espanha, sul de França, Suíça, Alemanha, norte de Itália e Escandinávia registaram precipitação superior ao normal.

Em Portugal Continental

O mês classificou-se como muito quente e muito seco.

  • A temperatura média do ar foi de 24,40 ºC, cerca de +1,49 ºC acima da normal (1991-2020).

  • Foi o 5.º agosto mais quente desde 1931.

  • As temperaturas máximas e mínimas também estiveram acima do normal, com desvios de +1,93 ºC e +1,04 ºC, respetivamente.

  • Entre 29 de julho e 17 de agosto, ocorreu a mais longa onda de calor alguma vez registada nas regiões do interior Norte e Centro para o período julho/agosto. Em localidades como a Guarda, a onda durou 16 dias; em Bragança, Miranda do Douro, Carrazeda de Ansiães, Vila Real, Pinhão e Viseu, 15 dias.

Relativamente à precipitação, o país enfrentou um dos períodos mais secos das últimas décadas:

  • Foi o 7.º agosto mais seco desde 2000, com apenas 3,0 mm de precipitação, o que corresponde a cerca de 20% da média (1991-2020).

  • Verificou-se um agravamento da seca meteorológica, que se estendeu a quase todo o território, com maior intensidade no Noroeste, interior Centro-Sul e Baixo Alentejo.