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De acordo com o jornal oficial britânico The Gazette, onde foram publicados os detalhes das “Letters Patent” — documentos legais que expressam a vontade do monarca —, o texto diz: “O REI decidiu por bem, por meio de Letters Patent sob o Grande Selo do Reino, datadas de 3 de novembro de 2025, declarar que Andrew Mountbatten Windsor deixará de ter direito a deter e gozar o estilo, título ou atributo de ‘Sua Alteza Real’ e a dignidade titular como ‘Príncipe’.”
A decisão de Carlos III foi tomada na sequência de novas alegações relacionadas com a amizade do irmão com o pedófilo Jeffrey Epstein, e marca a remoção total dos privilégios de nascimento do antigo duque de York.
Segundo a Sky News, o rei “baniu efetivamente André da monarquia, retirando-lhe todos os títulos e o direito de ser príncipe”, numa medida que seguiu “a crescente controvérsia sobre as suas ligações a Epstein”.
O filho de Isabel II já tinha anunciado que deixaria de usar os seus títulos, mas a decisão de Carlos II foi mais longe, após novas acusações e relatos de que o antigo príncipe teria pedido a um segurança real para ‘encontrar informações comprometedores sobre Virginia Giuffre’ — uma das vítimas de Epstein.
Giuffre processou André em 2021, acusando-o de agressão sexual. O caso foi resolvido fora dos tribunais por uma soma estimada em 12 milhões de libras.
Outro documento publicado em The Gazette confirmou a remoção de André da lista de pares do Reino Unido como duque de York, através de um mandado real datado de 30 de outubro de 2025.
“O REI decidiu por bem, através de mandado sob a sua assinatura real, ordenar ao seu Secretário de Estado que proceda à remoção imediata do duque de York da Lista de Pares do Reino”, diz o documento.
Além de perder os títulos de príncipe, duque de York, conde de Inverness e barão Killyleagh, André também deixa de ser membro da Ordem da Jarreteira e cavaleiro da Ordem Real Vitoriana.
Foi ainda emitida uma notificação para que André entregue o arrendamento da Royal Lodge, a mansão de 30 divisões em Windsor onde vivia há mais de 20 anos “pagando uma renda simbólica”. O antigo príncipe mudará agora para Sandringham, em Norfolk.
Sarah Ferguson, ex-esposa de Andrew, também deixará a residência, não tendo sido incluída nos planos habitacionais do Rei.
A decisão de Carlos foi acolhida positivamente pela família de Virginia Giuffre, que morreu em abril, aos 41 anos.
Recorde-se que André tinha o título de príncipe desde o nascimento, como filho da antiga rainha Isabel II e será agora apenas conhecido como Andrew Mountbatten Windsor.
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